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SEM-TELA
Rede Mulher cancela programa judaico
da Reportagem Local
O cancelamento do
"Shalom Brasil" pela
Rede Mulher causou
polêmica na comunidade judaica. Para
Marcel Hollender, jornalista responsável, a
emissora teve uma atitude "anti-semita" e
"racista". Há quatro
anos o programa é exibido na emissora.
No último dia 14 de
abril, a Rede Mulher foi
comprada pela Rede
Família, emissora do
bispo Edir Macedo, da
Igreja Universal.
Segundo Hollender, a
emissora disse que o
programa teria de deixar a programação por
não ter o perfil da rede.
Em fax enviado à
Hollender, por Marcus
Vinícius Chisco, diretor-superintendente da
Rede Mulher, a emissora informava que "a
última veiculação (...)
será em 30 de maio".
"Nem isso aconteceu. No domingo, o
programa não foi ao
ar", afirma Hollender.
Para o jornalista, a
atitude da emissora foi
uma "censura" à comunidade judaica.
"Gostaria de crer que
a decisão da Rede Mulher foi motivada por
interesses comerciais e
que não reflete uma
descriminação religiosa", afirma Henry Sobel, presidente do Rabinato da Congregação
Israelita Paulista. Sobel
diz que "gostaria que a
Rede Mulher reconsiderasse a decisão". "O
"Shalom Brasil" é visto
por judeus e não-judeus. Seria uma pena
tirá-lo do ar."
O programa será
apresentado a partir de
hoje no canal Gospel
(28), das 19h às 19h30.
Outro lado
A Rede Mulher diz
que o programa foi
cancelado porque o
contrato havia acabado. Além disso aponta
a inviabilidade comercial e a não adequação
com os interesses da
programação da emissora como motivos.
"As acusações não
procedem. Houve uma
revisão da grade, que
foi modificada", afirma Guilherme Araújo,
diretor artístico e de
programação.
Segundo ele, os programas que não eram
viáveis comercialmente foram cancelados.
"O que o "Shalom"
pagava não cobria os
custos. Além disso,
nossa programação será voltada para a mulher." Segundo ele, o
último programa não
foi exibido porque
apresentava "inverdades" sobre a emissora.
(AS)
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