São Paulo, Domingo, 11 de Abril de 1999
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Globo, Cultura e Band adiam projetos

da Reportagem Local

Algumas emissoras preferiram adiar a produção de alguns projetos para minimizar a crise.
A Rede Bandeirantes adiou para outubro a estréia do infantil "Gran Circo Marimbondo", de Flávio de Souza.
Em maio, porém, a emissora pretende estrear o programa da Tiazinha e a série produzida em parceria com a Columbia Tristar, empresa do grupo nipo-americano Sony.
Na TV Cultura, os prazos de pagamento de produções compradas no exterior está sendo renegociado, e o infantil "Ilha Rá-Tim- Bum", de Cao Hamburger, teve a sua estréia adiada para o segundo semestre. A viabilidade desse projeto depende ainda do repasse da segunda parte das verbas do Sesi (Serviço Social da Indústria).
"Estamos trabalhando com o orçamento que temos. Se essa verba não vier, vai atrapalhar a produção", afirma Rogério Brandão, 45, diretor de programação da Cultura.
A partir de agosto, quando completa 30 anos, a emissora coloca no ar uma nova programação com uma série infantil inglesa e dois novos desenhos educativos australianos.
Além disso, apresentará a segunda parte do "Oficinas Culturais", que está em fase de pós-produção, e quatro episódios filmados em película 35 mm sobre a escritora Clarice Lispector. Essa produção, "Clarice Lispector - Uma Mulher do Mundo", foi dirigida por Roberto Talma, hoje na Globo.
"Estávamos esperando um orçamento maior para este ano, que não veio", diz Brandão. Sobre o corte de luz, comenta: "São dívidas antigas, que estão sendo renegociadas".
Na Globo foram reduzidos os custos de algumas produções. As novelas lançadas pela emissora ultimamente não têm mais cenas gravadas no exterior, como era praxe. O seriado "Mulher" deixou de ser filmado em película de cinema e passou a ser rodado em vídeo.
Com a mudança no seriado, a Globo economizou US$ 4 milhões, mas o Ibope mostrou reflexos disso. Na última terça-feira, mais uma vez, o programa perdeu para o SBT. Teve média de 21 pontos, enquanto o SBT registrou 22, com Ratinho e "Os Simpsons".
Dos 480 demitidos em 98, só 5% foram da produção. No jornalismo não houve cortes. O custo médio um capítulo de novela, até R$ 90 mil, permanece.


Colaborou Anna Lee, da Sucursal do Rio


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