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Globo, Cultura e Band adiam projetos
da Reportagem Local
Algumas emissoras preferiram adiar a produção
de alguns projetos para
minimizar a crise.
A Rede Bandeirantes
adiou para outubro a estréia do infantil "Gran
Circo Marimbondo", de
Flávio de Souza.
Em maio, porém, a
emissora pretende estrear
o programa da Tiazinha e
a série produzida em parceria com a Columbia
Tristar, empresa do grupo
nipo-americano Sony.
Na TV Cultura, os prazos de pagamento de produções compradas no exterior está sendo renegociado, e o infantil "Ilha
Rá-Tim-
Bum", de Cao Hamburger, teve a sua estréia adiada para o segundo semestre. A viabilidade desse
projeto depende ainda do
repasse da segunda parte
das verbas do Sesi (Serviço
Social da Indústria).
"Estamos trabalhando
com o orçamento que temos. Se essa verba não
vier, vai atrapalhar a produção", afirma Rogério
Brandão, 45, diretor de
programação da Cultura.
A partir de agosto, quando completa 30 anos, a
emissora coloca no ar uma
nova programação com
uma série infantil inglesa e
dois novos desenhos educativos australianos.
Além disso, apresentará
a segunda parte do "Oficinas Culturais", que está
em fase de pós-produção,
e quatro episódios filmados em película 35 mm sobre a escritora Clarice Lispector. Essa produção,
"Clarice Lispector - Uma
Mulher do Mundo", foi
dirigida por Roberto Talma, hoje na Globo.
"Estávamos esperando
um orçamento maior para
este ano, que não veio",
diz Brandão. Sobre o corte
de luz, comenta: "São dívidas antigas, que estão
sendo renegociadas".
Na Globo foram reduzidos os custos de algumas
produções. As novelas
lançadas pela emissora ultimamente não têm mais
cenas gravadas no exterior, como era praxe. O seriado "Mulher" deixou
de ser filmado em película
de cinema e passou a ser
rodado em vídeo.
Com a mudança no seriado, a Globo economizou US$ 4 milhões, mas o
Ibope mostrou reflexos
disso. Na última terça-feira, mais uma vez, o programa perdeu para o SBT.
Teve média de 21 pontos,
enquanto o SBT registrou
22, com Ratinho e "Os
Simpsons".
Dos 480 demitidos em
98, só 5% foram da produção. No jornalismo não
houve cortes. O custo médio um capítulo de novela,
até R$ 90 mil, permanece.
Colaborou Anna Lee, da Sucursal do Rio
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