São Paulo, domingo, 13 de fevereiro de 2000


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ESTRELA CADENTE
Bandeirantes demite modelo que interpreta índia no programa "O+"
"Fui vítima da inveja", diz índia do "O+"

Publius Virgillius/Folha Imagem
A modelo Aigo Enaudo, 23, demitida do "O+"


DA REPORTAGEM LOCAL

T EVE vida curta a mais recente aposta da Bandeirantes para alavancar a audiência do programa "O+" (ex-"H"). Menos de um mês no ar, a modelo Aigo Enaudo, 23, foi demitida pela emissora no início da semana, desecandeando uma série de acusações de seu produtor, Heveniuton Amaral.
Segundo ele, Aigo teria sido vítima de um "complô de pessoas com medo de perder seu espaço no programa". Após ser notificado da demissão da modelo, o produtor chegou a prestar queixa no 78º Distrito Policial de São Paulo, acusando o apresentador Otaviano Costa de ameaça-lo de morte.
Procurados pela Folha, Otaviano Costa e o diretor do "O+", Cristiano Mendes, não foram encontrados. De acordo com a assessoria de imprensa da Bandeirantes, ninguém na emissora iria comentar as acusações de Aigo e Amaral.
No programa, que estreou sua nova versão no dia 17 de janeiro, quando então foi rebatizado de "O+", Aigo interpreta uma índia guerreira, que, escoltada por guardiões, "cheira" garotos da platéia. À moda de Feiticeira e Tiazinha (personagem criado pelo extinto "H"), a Guerreira veste apenas uma saia de penas e passeia pelo palco com os seios à mostra. "Dei ibope, e muita gente se incomodou com isso", diz ela.
Apresentada pela Bandeirantes como uma representante da tribo Bororo, do Mato Grosso, a modelo posou nua para a revista "Sexy" em outubro do ano passado. "Nunca enganei ninguém. Sou neta da uma índia bororo, mas nasci em Cuiabá. Claro que conheço bastante sobre a cultura indígena, porém sou mestiça, pois meu pai é mineiro", afirma Aigo.
A Bandeirantes afirma que a modelo foi dispensada porque seu contrato só previa participação no "O+" de verão, que vai ao ar até o final deste mês. Mas comentou-se que as verdadeiras causas da demissão seriam as fotos da "Sexy". "Posei nua porque precisava de dinheiro. Não me arrependo de nada, foi um trabalho como outro qualquer. A Bandeirantes é que me chamou e sabia sobre minha vida. Fui vítima da inveja", diz.


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