São Paulo, domingo, 16 de abril de 2000


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ETERNO RETORNO
Novela mirim do SBT reestréia amanhã e tenta aproximar o universo das crianças de questões mais "sérias" e adultas
Nova fase de "Chiquititas" fala de ecologia e solidariedade

GUILHERME CUCHIERATO
DA REPORTAGEM LOCAL

"CHIQUITITAS" está de volta a partir de amanhã, no SBT, com episódios inéditos que darão início ao quinto ano da novela. O novo ciclo deverá trazer diversas novidades ao telespectador. Embora continuem cercadas da magia e do encanto que tradicionalmente caracterizaram o enredo das histórias nos últimos anos, as crianças agora terão mais contato com temas reais da vida adolescente e adulta.

Nessa fase, os criadores da novela tentam aproximar o universo das crianças da realidade social do país. Os "chiquititos" viverão situações que envolvem questões como o respeito aos idosos e a solidariedade com os mais necessitados. A consciência ecológica também estará presente na fase 2000 da novela, o que poderá ser observado nos episódios em que as crianças se organizarão para defender o bosque onde vivem da especulação comercial que ameaça destruí-lo.
Flávia Monteiro, a atriz que interpreta Carolina, a principal amiga das crianças, entra em seu último ano à frente da atração. "A fase 2000 é a que mais me divertiu e me deixou feliz desde que comecei a fazer a novela", afirma a atriz. Segundo Flávia, o mais importante é continuar passando mensagens e, dessa forma, ser útil. "Me sinto com a obrigação de defender a natureza. Estou empenhada em causas ecológicas", afirma.
No início do novo ciclo, Alfredo (Omar Caliccio) e Estrela (Debora Falabella) reagrupam os meninos e os levam para o celeiro de Vô Tunico (Serafim Gonzalez), após a demolição do orfanato "Raio de Luz", que obrigou as crianças a se separarem e morarem em instituições assistenciais diferentes. Na propriedade de Vô Tunico, as crianças experimentam a liberdade que o contato com a natureza propicia.
Entretanto, nem tudo é fantasia: Rian (Carmo Dalla Vecchia), milionário homem de negócios e filho de Tunico, tem um projeto que implica o desmatamento da região para favorecer uma empresa madeireira.
É com esse gancho que os roteiristas de "Chiquititas" aproximam o elenco da questão ambiental. As crianças passam a organizar um movimento de luta e resistência para salvar a propriedade, sobretudo uma árvore especial, em cujo interior existe um portal que leva a um mundo de fantasia.
Na árvore, os telespectadores verão as crianças se embrenhar por caminhos mágicos que as levarão a um mundo irreal, onde existem bosques encantados e aterrorizantes e figuras do realismo fantástico (flores que falam, formigas boas e más, fontes mágicas etc).
Outro tema que será explorado na fase 2000 da novela é a descoberta do sexo oposto por parte dos personagens que entram na puberdade. Os pré-adolescentes experimentarão as emoções do primeiro beijo, a primeira paixão, as desilusões amorosas, as dúvidas, os anseios e as frustrações de ver que a realidade nem sempre corresponde aos sonhos.
Haverá diversas aventuras românticas que rechearão a história daqueles que já não são mais crianças. A produção de "Chiquititas", no entanto, afirma não pretender deslocar o foco das atenções em direção aos adolescentes. Segundo a diretora de produção da novela, Patricia Veber, a história não vai privilegiar o núcleo teen. "As crianças continuam no centro da ação", diz.
Os personagens também terão contato com assuntos mais sérios, dramáticos, tais como doenças e a questão dos transplantes de órgãos. Haverá momentos na história em que se discutirá a necessidade de oferecer solidariedade e ajuda às pessoas carentes.


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