São Paulo, Domingo, 26 de Dezembro de 1999


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TV PAGA
Telecine 5 lembra a cor da época de ouro do cinema


Canal exibe, durante todo o mês de janeiro, vários filmes produzidos com a exuberância do technicolor


ESPECIAL PARA A FOLHA

O Technicolor foi a técnica que possibilitou a cor total no cinema, já nos anos 30, e que ironicamente mais evidenciou seu artificialismo.
Essa técnica agora é lembrada pelo Telecine 5, que organiza um festival durante o mês de janeiro, sempre às 22h, só com filmes que utilizaram o sistema. Começa bem, neste sábado, com "Amor e Ódio na Floresta" (1936), de Henry Hathaway, rodado num momento em que o processo ainda engatinhava, em que se acreditava nele como realismo viável. A história de uma ferrovia que detona a guerra entre duas famílias é estrelada por Henry Fonda e Fred MacMurray.
O artificialismo assumido está no grande "Amar Foi Minha Ruína" (1945), dramalhão com Gene Tierney que opta ostensivamente pelo espetáculo visual e fecha o festival no dia 31 de janeiro.
À parte a inventiva técnica, há alguns fiascos cinematográficos, como o clássico de ficção-científica "O Fim do Mundo" (1951), que até vale uma espiada.
Mas há belíssimos destaques que, de tão bons, quase põem no chinelo a "importância" do technicolor. O western "Ave do Paraíso" (dia 14), de Delmer Daves, "Pelo Vale das Sombras" (dia 8), de Cecil B. De Mille, e mesmo os famigerados delírios kitsch de Carmen Miranda, como "Entre a Loira e a Morena" (dia 21), de Busby Berkeley, dão um colorido na programação. (PAULO SANTOS LIMA)


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