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TV PAGA
Telecine 5 lembra a cor da época de ouro do cinema
Canal exibe, durante
todo o mês de
janeiro, vários filmes
produzidos com a
exuberância
do technicolor
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ESPECIAL PARA A FOLHA
O Technicolor foi a técnica que
possibilitou a cor total no cinema, já
nos anos 30, e que ironicamente mais
evidenciou seu artificialismo.
Essa técnica agora é lembrada pelo Telecine 5, que organiza um festival durante o mês de janeiro, sempre às 22h, só
com filmes que utilizaram o sistema. Começa bem, neste sábado, com "Amor e
Ódio na Floresta" (1936), de Henry Hathaway, rodado num momento em que o
processo ainda engatinhava, em que se
acreditava nele como realismo viável. A
história de uma ferrovia que detona a
guerra entre duas famílias é estrelada por
Henry Fonda e Fred MacMurray.
O artificialismo assumido está no grande "Amar Foi Minha Ruína" (1945), dramalhão com Gene Tierney que opta ostensivamente pelo espetáculo visual e fecha o festival no dia 31 de janeiro.
À parte a inventiva técnica, há alguns
fiascos cinematográficos, como o clássico de ficção-científica "O Fim do Mundo" (1951), que até vale uma espiada.
Mas há belíssimos destaques que, de
tão bons, quase põem no chinelo a "importância" do technicolor. O western
"Ave do Paraíso" (dia 14), de Delmer Daves, "Pelo Vale das Sombras" (dia 8), de
Cecil B. De Mille, e mesmo os famigerados delírios kitsch de Carmen Miranda,
como "Entre a Loira e a Morena" (dia
21), de Busby Berkeley, dão um colorido
na programação. (PAULO SANTOS LIMA)
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