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SAÚDE
Mário Ortiz, prefeito de Taubaté, aponta o atendimento médico como o principal problema da cidade
Atendimento médico é ponto fraco
da Folha Vale
O maior problema enfrentado
atualmente pelo município, segundo o próprio prefeito Antonio
Mário Ortiz (PTB), é a baixa capacidade de atendimento dos hospitais conveniados ao SUS (Sistema
Único de Saúde).
"A gente está tentando solucionar o problema da retaguarda dos
hospitais do SUS. Achamos que
ainda é muito aquém do que o
município merece", afirmou.
Taubaté tem dois hospitais conveniados -o Hospital Escola da
Unitau (Universidade de Taubaté) e o Hosic (Hospital Santa Isabel de Clínicas).
No Hosic, pacientes passam a
noite na fila, uma vez por mês, em
busca de uma senha para a realização de exames de eletrocardiograma pelo SUS.
O hospital é o mais problemático porque, segundo o prefeito,
atravessa grave crise financeira
que o impede de ampliar sua capacidade de atendimento.
O governo estadual avaliou que
são necessários R$ 1,2 milhão para recuperar o hospital. "É pouco.
Paga umas dívidas emergenciais,
mas não tira o hospital do sucateamento", afirma Ortiz.
"É preciso investir mais para
que o hospital possa sair da crise
com modernização de equipamentos, com possibilidade de adquirir os medicamentos e os materiais necessários", disse.
Ele afirmou que a prefeitura
tem se empenhado em buscar
uma solução com governos estadual e federal, mas não tem encontrado reciprocidade.
O maior problema é a divisão
dos investimentos. O SUS quer
entrar com 20% dos investimentos e ter 80% do poder de decisão.
"Isso é um absurdo. Ninguém
faz sociedade assim. Se alguns
municípios não investem em saúde, Taubaté investe, e muito."
Entre os investimentos apontados pela prefeitura, estão a implantação do Programa de Saúde
da Família, que atende 35 mil pessoas, a internação domiciliar e a
farmácia comunitária.
A opinião não é compartilhada
pela oposição. "A área da saúde
piorou muito", diz o ex-prefeito
José Bernardo Ortiz (PSDB).
"Há filas de três ou quatro horas
nos postos de saúde", disse outro
ex-prefeito, Salvador Khuriyeh
(PDT).
O vereador Joffre Neto (PT)
aponta a falta de ação do Conselho Municipal de Saúde. "O conselho passa meses sem se reunir.
Além disso, o presidente é o próprio prefeito", disse.
"Apesar do Programa de Saúde
da Família, saúde deixa muito a
desejar", afirma o vereador oposicionista Jair Gomes (PDT). "São
programas avançados, mas que
abrangem um número bem pequeno de pessoas", acredita.
Gomes e outros três vereadores
filmaram depoimento de vários
moradores com queixas sobre o
atendimento na área da saúde.
"Levamos a fita ao prefeito,
mas, até agora, nada mudou", disse.
(JBS)
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