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MEDO
Para passageiros, pânico foi geral
"Nossa sorte é que o motorista acelerou"
da Folha Vale
O aposentado Orlando Ribeiro
da Silva, 68, teve duas costelas
quebradas ontem no acidente,
mas conseguiu sair andando em
busca de socorro.
"Eu estava com muita dor, mas
saí em busca da ambulância.
Graças a Deus, deu tudo certo",
disse o aposentado.
Segundo ele, todos os passageiros foram atirados para fora dos
bancos com o choque.
"Houve muito pânico, muita
gente gritando. Tinha muitas
mulheres e crianças", afirmou.
A aposentada Idalina Rodrigues, 82, disse que não se lembra
de nada após o acidente. "Quando eu vi, já estava aqui", disse,
enquanto tomava soro ontem no
PS.
Ela afirmou que estava com
muita dor nas costas e nas pernas. Ela tinha hematomas em várias partes do rosto.
Maria Rosalina da Silva Santos,
32, contou que todos os passageiros gritaram quando o motorista entrou nos trilhos. "Todo
mundo viu o trem vindo e gritou
para o motorista", disse.
Segundo ela, o motorista acelerou o ônibus para tentar escapar
do choque. "A nossa sorte foi
que ele acelerou. Se o trem batesse no meio do ônibus, morreria
todo mundo", afirmou.
Os perueiros Israel Lopes Dias,
36, e Jorge Santos da Rocha, 37,
disseram que levaram cerca de
15 pessoas ao PS.
"O nosso ponto é perto do local
do acidente. Corremos lá quando vimos o alvoroço e tiramos
muita gente de dentro do ônibus", contou Dias.
"Algumas pessoas gritavam
apavoradas", afirmou Rocha. Segundo ele, até o motorista do
ônibus estava chorando.
Os dois contam que tiveram
que quebrar a porta e vidros do
ônibus para poder entrar no veículo e ajudar os passageiros.
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