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LEGISLATIVO
Votação do projeto do Executivo para reduzir contribuição para o Instituto dos Servidores foi adiada
Excesso emperra criação de CEI da saúde
da Folha Vale
A burocracia do Legislativo de
São José dos Campos impediu ontem a instauração de uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) para
investigar denúncias de irregularidades na área da saúde.
A Câmara Municipal tem atualmente três CEIs em andamento e
outras três na "fila de espera" para
serem instauradas. De acordo com
o regimento interno da Casa, somente quatro comissões podem
funcionar simultaneamente.
Segundo o vereador Florivaldo
Rocha (PSL), autor do pedido de
investigação, liberação de remédios e outros serviços de saúde na
rede municipal estão sendo submetidos à Secretaria do Governo, e
não à pasta da Saúde.
Ele também quer apurar denúncias de corte de verbas no setor e de
atraso da realização de cirurgias.
Rocha afirmou que as outras
duas CEIs deverão ser canceladas.
Uma das comissões é de 97 e investiga sobre a formação de caixa para
a campanha de Luiz Inácio Lula da
Silva. A outra é de autoria do próprio vereador, referente a contratos firmados pela prefeitura com a
construtora Tallavassos.
"Vou pedir aos autores da primeira CEI para que renunciem a
ela porque já se passou muito tempo. Como a prefeitura já entrou
com uma ação na Justiça contra a
Tallavassos, também vou cancelar
o meu pedido", disse.
A expectativa de Rocha é que a
CEI seja instaurada em 20 dias.
A Câmara também suspendeu
ontem a votação do projeto de lei
do Executivo que previa a redução
do percentual de repasse da prefeitura ao IPSM (Instituto de Previdência do Servidor Municipal).
O prefeito Emanuel Fernandes
(PSDB) havia enviado um projeto
anterior solicitando a diminuição
do repasse e um empréstimo com
o instituto, que seria utilizado para
pagamento do 13º salário dos funcionários municipais.
Segundo o vereador Walter Hayashi (PDT), líder de Emanuel na
Câmara, o Executivo enviou um
substitutivo desvinculando o empréstimo e modificando os termos
para a redução da contribuição.
"A prefeitura propôs uma redução de 28% para 10% a partir de 1º
de janeiro deste ano até 31 de julho
de 2000. A partir de agosto de 2000,
a contribuição subiria para 20%."
Os vereadores entenderam que o
substitutivo é um projeto novo e,
por isso, deveria ser enviado às comissões para análise e apresentação de emendas. "Deveremos votar esse projeto na próxima quinta-feira", afirmou Hayashi.
Ele disse que não considera o
atraso para a votação do projeto
como prejuízo para a prefeitura.
O vereador Florivaldo Rocha foi
o primeiro a apresentar emendas
ao projeto. "Se o prefeito quer reduzir a contribuição para o instituto, proponho abaixar a cota de desconto dos salários dos servidores
de 10% para 5%."
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