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SISTEMA CARCERÁRIO 2
São 2.109 detentos
Região tem mais presos no Estado
da Folha Vale
Com um total de 2.109 pessoas
presas em 22 cadeias públicas, o
Vale do Paraíba possui hoje a
maior concentração de detentos
entre as 18 regiões do Estado de
São Paulo, de acordo com o quadro geral do Deinter (Departamento de Polícia Judiciária de São
Paulo-Interior) do último dia 17.
A região comporta atualmente
1.878 presos do sexo masculino e
231 detentas contra 1.828 homens e
275 mulheres em Campinas, segunda colocada.
O número de presos no Vale já é
166% acima da capacidade total
das cadeias, que oferecem 1.274 vagas.
A Cadeia Pública de São José dos
Campos é responsável por 22,2%
desse total, com 468 presos. O estabelecimento é um dos poucos a estar abaixo de sua capacidade máxima.
A concentração de presos na região traz problemas para praticamente todas as cadeias, que sofrem
com a superlotação, fugas e rebeliões.
A Cadeia Pública de Lorena tem
um dos maiores percentuais do
Vale do Paraíba em termos de superlotação.
Segundo o diretor da cadeia, José
Willy Luciano Giaconi Júnior, o
trabalho só é possível graças ao
diálogo e respeito com os presos.
"A gente faz milagre. Uma vigilância constante. Procuramos
manter diálogo com os presos, respeitando os direitos deles. Chegamos a ter 109 em uma cadeia que
tem capacidade para 24."
Para o diretor da Cadeia Pública
de Pinda, Jailton José dos Santos,
apesar de menos perigoso, manter
um estabelecimento carcerário para mulheres também é problemático. "A superlotação em si já é um
problema, apesar de não termos a
violência das cadeias masculinas."
O delegado afirmou que uma das
características da cadeia feminina
é que a maioria das mulheres foi
presa por tráfico. "Pelo menos 80%
das mulheres presas responde pelo
artigo 12 (tráfico). Elas não tem direito a nenhum benefício."
Segundo o delegado-coordenador das Unidades Carcerárias do
Deinter, José Carneiro de Campos
Rolim Neto, houve um aumento
significativo no número de prisões
provisórias em todo o Estado.
O delegado afirmou que Santos,
Vale, Campinas, Sorocaba e Ribeirão Preto são regiões prioritárias
para a transferência de presos.
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