da Folha Vale

Com uma experiência de passagem por várias prisões, o detento Romualdo Faria está na Cadeia Pública de São José dos Campos desde a inauguração do estabelecimento.
"A gente está resolvendo algumas melhorias. Hoje, o Putim não está lotado, mas já passei por lugares muito piores."
Segundo Faria, uma das práticas mais comuns nas celas superlotadas é amarrar os detentos nas grades para poder dormir melhor.
"É terrível. Já cheguei a me amarrar em um cobertor para conseguir dormir."

Sarna
O detento Altamir Teixeira Fernandes chegou a passar sarna para os familiares durante a estadia em outra cadeia.
"A dificuldade com a superlotação é grande. Já fiquei preso em um xadrez em Mogi onde a gente via ratos de noite. Cheguei a pegar sarna e até passei para minha família."
Fernandes afirmou que em outros locais os presos compram lonas plásticas que são usadas para montar pequenas barracas. "Em um lugar desses, você gasta uns dois maços de cigarro para conseguir o espaço e ficar com sua família durante a visita."



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