São José dos Campos, Domingo, 23 de maio de 1999

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Taubaté enfrenta a maior superlotação no Vale

da Folha Vale

Mesmo com uma média de 30 transferências por mês, a Cadeia Pública de Taubaté mantém hoje uma lotação de 254 presos para uma capacidade máxima de 80.
"Se eu não tivesse esse auxílio, chegaríamos tranquilamente a 300 presos", afirmou o diretor da cadeia, Francisco Amêndola Neto.
Ele assumiu a direção do estabelecimento depois de oito anos como delegado no município. Segundo ele, nesse período não foram registradas fugas, somente rebeliões. "Estamos tentando melhorar a condição dos presos. Já conseguimos melhorias em relação à alimentação, atendimento dos presos, assistência médica, jurídica e dentária."
O delegado também disse que é necessário manter uma relação de respeito com os detentos. "A situação é presente e temos que aprender a contorná-la."
Segundo o diretor da Cadeia de Lorena, José Willy Luciano Giaconi Júnior, a situação dentro das celas é diferente. "O que acontece dentro da cela a gente não tem condição nenhuma de controlar. Na semana passada, teve um preso que estava para sair e recebeu o benefício de passar o Dia das Mães fora. Ele voltou com 40 papelotes de maconha e nove de cocaína."
Segundo o delegado, o preso nunca foi envolvido com o tráfico e disse em depoimento que se não levasse a droga seria morto.
"Não posso deixar de cumprir minha obrigação, mas acredito na versão dele."
Na Cadeia Pública de Caraguá, as tentativas de fugas são constantes, segundo o diretor Fábio de Carvalho Joaquim. "O preso sempre quer fugir. O que nos deu problema foram os presos de Ubatuba que vieram transferidos para cá."



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