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Taubaté enfrenta a maior superlotação no Vale
da Folha Vale
Mesmo com uma média de 30
transferências por mês, a Cadeia
Pública de Taubaté mantém hoje
uma lotação de 254 presos para
uma capacidade máxima de 80.
"Se eu não tivesse esse auxílio,
chegaríamos tranquilamente a 300
presos", afirmou o diretor da cadeia, Francisco Amêndola Neto.
Ele assumiu a direção do estabelecimento depois de oito anos como delegado no município. Segundo ele, nesse período não foram registradas fugas, somente rebeliões. "Estamos tentando melhorar a condição dos presos. Já
conseguimos melhorias em relação à alimentação, atendimento
dos presos, assistência médica, jurídica e dentária."
O delegado também disse que é
necessário manter uma relação de
respeito com os detentos. "A situação é presente e temos que aprender a contorná-la."
Segundo o diretor da Cadeia de
Lorena, José Willy Luciano Giaconi Júnior, a situação dentro das celas é diferente. "O que acontece
dentro da cela a gente não tem
condição nenhuma de controlar.
Na semana passada, teve um preso
que estava para sair e recebeu o benefício de passar o Dia das Mães
fora. Ele voltou com 40 papelotes
de maconha e nove de cocaína."
Segundo o delegado, o preso
nunca foi envolvido com o tráfico e
disse em depoimento que se não
levasse a droga seria morto.
"Não posso deixar de cumprir
minha obrigação, mas acredito na
versão dele."
Na Cadeia Pública de Caraguá, as
tentativas de fugas são constantes,
segundo o diretor Fábio de Carvalho Joaquim. "O preso sempre
quer fugir. O que nos deu problema foram os presos de Ubatuba
que vieram transferidos para cá."
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