DA FOLHA VALE

A rotina da Casa de Custódia foi profundamente alterada em maio deste ano, quando o governo do Estado resolveu implementar o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) no Anexo, onde se concentram os detentos considerados mais perigosos.
O novo regime foi a forma que o Estado encontrou de amenizar o regime disciplinar da unidade, considerado de segurança máxima, e atender a algumas reivindicações feitas pela facção criminosa PCC, após a megarrebelião que atingiu 29 unidades prisionais do Estado, em fevereiro.
A maior mudança implementada foi a definição sobre o período de permanência dos detentos na unidade. Antes, cada detento era mantido por tempo indeterminado em celas individuais.
No RDD, os presos ficam, no máximo, 180 dias. Depois, voltam ao regime normal nas penitenciárias de segurança máxima de Araraquara, Avaré e Pirajuí.
Se houver reincidência ou novas infrações, os detentos retornam para as unidades de RDD por um prazo maior, de 360 dias.
Mas, em caso de bom comportamento, como era o caso de Sombra, o detento teria remissão de um dia a cada semana, com limite máximo de 25 dias, e poderia sair da unidade após 155 dias.
Outra mudança que atendeu às reivindicações do PCC foi quanto às visitas e o banho de sol.
Desde maio, os presidiários podem receber visitas duas horas por semana, com o direito de ficarem sem algemas. O banho de sol, que era de 30 minutos, passou a durar uma hora, por dia, e não há mais isolamento total por 30 dias.
Na época das mudanças, o Estado afirmou que não estava recuando, mas regulamentando o funcionamento da unidade.


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