da Folha Vale

O Tribunal de Justiça do Estado concedeu ontem, por unanimidade, habeas corpus para o delegado Eduardo Kepczynski, preso sob a acusação de ter facilitado a fuga de 22 presos da Cadeia Pública de São José, no dia 3 de maio do ano passado.
Os três desembargadores da 3ª Câmara Criminal do TJ votaram a favor da liberação do delegado, detido no PPC (Presídio da Polícia Civil). A prisão preventiva foi decretada no dia 20 de abril deste ano pela juíza Raquel Carleal.
A fuga ocorreu em uma ação de um grupo fortemente armado que invadiu a cadeia, libertando os 22 presos. O objetivo seria resgatar oito assaltantes de banco.
A primeira versão para a fuga foi a de que a quadrilha teria sequestrado o delegado e o obrigado a ir com eles para o Putim. Depois de denúncias de um preso de que Kepczynski havia recebido R$ 100 mil para forjar o próprio sequestro, a polícia iniciou investigação para apurar facilitação.
"A Justiça havia decretado a preventiva dele para acelerar o processo, mas nesse período, com exceção dos réus, nenhuma testemunha havia sido ouvida. Era uma pena que havia sido imposta a ele de maneira injusta", afirmou Tania Lis Nogueira, advogada do delegado.
Segundo ela, a previsão é que Kepczynski seja liberado ainda hoje. "O processo continua, mas agora ele responde em liberdade e pode voltar às suas funções."
Na época, o delegado estava trabalhando no 3º Distrito Policial de São José. Kepczynski vai se apresentar ao delegado-seccional Roberto Monteiro de Andrade Júnior para definir seu futuro.


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