São José dos Campos, Sexta-feira, 29 de Setembro de 2000 |
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ESTRUTURA Obra de nova sede para o Legislativo de São José, orçado em R$ 3,1 milhões, já começou Câmara "come" R$ 16 mi neste ano
DA FOLHA VALE Embora o gasto da Câmara em relação ao Orçamento geral do município tenha se mantido constante nos últimos anos, a despesa de R$ 3,1 milhões com a construção de um novo prédio para o Legislativo, em último ano de mandato, foi uma aposta arriscada dos vereadores que tentam a reeleição. O valor deve ser bem maior, caso se confirmem os problemas de fundação causados pelo terreno escolhido para o prédio. Neste ano, a Câmara poderá gastar R$ 16 milhões, incluindo os R$ 3,1 milhões para a construção do novo prédio -a verba total representa 3,56% do Orçamento da prefeitura. O valor é equivalente à despesa fixada no Orçamento para a Secretaria Municipal dos Transportes, de R$ 17 milhões. No ano passado, com uma verba de R$ 12 milhões, a Câmara despendeu 3,18% do que a prefeitura arrecadou. O novo prédio foi defendido com vigor pelo presidente da Câmara, Jorley do Amaral (PFL), com o argumento de que os gastos com a manutenção da estrutura atual já justificam a mudança de local. O projeto do prédio prevê um elevador panorâmico, ar-condicionado central, gabinetes mais espaçosos e dois grandes salões. O edital chegou a ser suspenso, depois que entidades ligadas à construção civil apontaram a possibilidade de direcionamento na licitação. Pessoal Outro argumento de Jorley é que o prédio já é pequeno para os vereadores -as divisórias entre os gabinetes impedem até conversas sigilosas- e para os 241 funcionários. Mais uma despesa feita pelo Legislativo foi a troca da frota de carros que ficam à disposição dos vereadores. Os 21 vereadores contam com privilégios, como cinco assessores -alguns empregaram parentes-, que recebem de R$ 1.778,56 a R$ 3.065,47. Os parlamentares recebem salários de R$ 4.448,92 -o presidente tem verba de representação de R$ 1.482,90. Cada vereador gasta ainda, segundo a própria Câmara, cerca de R$ 1.000 por mês em despesas com sistemas de comunicação, correspondência, xerox, manutenção de equipamentos e veículo do gabinete. Todos os gabinetes têm acesso à Internet, por um sistema central da Câmara. Para circular nos carros oficiais, o vereador tem direito a um motorista, com um gasto médio de 300 litros de gasolina por mês. Os vereadores ainda podem solicitar da presidência o uso de uma van, durante o final de semana, que geralmente é empregada em favores a eleitores. Em razão de supostos abusos, o uso da van passou a ter um controle mais rigoroso. Texto Anterior: Conheça os projetos Próximo Texto: Atuação: Projetos aprovados aumentam Índice |
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