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ATUAÇÃO
Em relação à gestão anterior, participação do Executivo diminui em São José dos Campos
Projetos aprovados aumentam
DA FOLHA VALE
A atual legislatura da Câmara
Municipal de São José dos Campos, de 97 até maio deste ano,
aprovou 572 projetos, 75 a mais
do que na gestão passada, quando
foram aprovadas 497 proposituras.
Durante a administração do
prefeito Emanuel Fernandes
(PSDB), 26,4% dos projetos aprovados foram enviados pelo Executivo, o que representa 151 itens
em pauta.
Na gestão da ex-prefeita Angela
Guadagnin (PT), o índice de projetos aprovados que tinham sidos
enviados pelo Executivo foi
maior.
Dos 497 projetos aprovados,
43,9%, ou 218, foram enviados pelo Executivo.
A legislatura durante o mandato da petista foi tumultuado. Os
vereadores votaram três pedidos
de afastamento da prefeita.
Os números fazem parte de um
estudo encomendado pela ACI
(Associação Comercial e Industrial) de São José dos Campos,
lançado há duas semanas.
A média anual de projetos aprovados de 97 até hoje é de 163,4, superando a média da legislatura
anterior, que foi de 124,2.
Além dos números, os vereadores apontam diferenças entre as
duas Câmaras.
Para a vereadora Amélia Naomi
(PT), ligada à oposição, a atual legislatura se submete ao Executivo
e não "tem interesse em contrariá-lo".
O presidente da Câmara, Jorley
do Amaral (PFL), da bancada governista, disse que a convivência
entre os dois Poderes nesta administração é "pacífica", o que, na
sua opinião, significa bons retornos para sociedade.
História
O estudo da ACI mostra um fortalecimento da atividade legislativa em São José dos Campos desde
o início da abertura democrática,
há quase duas décadas.
Entre 80 e 82, dos 344 projetos
aprovados, apenas 23,4% (80),
vieram do Legislativo, contra
76,6% (264), apresentados pelo
Executivo, o que dá mostras da
mudança no perfil do trabalho do
vereador.
Nos anos seguintes, essa disparidade diminuiu. O número de
projetos sofreu um incremento.
De 83 a 88, foram aprovados 698
projetos, uma média anual de
116,3.
Desse total, 40,7% (284) vieram
do Legislativo e 59,3% (413), do
Executivo.
No final dos anos 80 e início da
década passada, entre 89 e 92, o
número de projetos aprovados
aumentou, com o Legislativo passando à frente.
Foram 63,2% do Legislativo,
contra 36,8% do Executivo.
Também foi a partir do final da
década de 80 que a Câmara passou por outras transformações.
Em 89, o número de vereadores
passou de 19 para 21.
No ano seguinte, os vereadores
passaram a ter assessores nomeados pelo presidente da Câmara.
Atualmente, cada um dos vereadores tem direito a ter até cinco assessores de gabinete.
A equipe de cada vereador é formada por um assessor parlamentar, um chefe de gabinete, uma secretária e um assistente parlamentar.
Com uma legislatura bem mais
tranquila do que a anterior, houve
poucas polêmicas desde 1997.
Um dos projetos que causou
maiores discussões na Câmara,
vindo do Executivo, foi o que autorizava a construção de uma unidade da Febem (Fundação para o
Bem-Estar do Menor).
A projeto foi aprovado em setembro do ano passado, mas a
obra ainda não teve início até hoje.
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