|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Nova Ferrari privilegia conforto e mantém esportividade
da Reportagem Local
Outra novidade que começa a
enfeitar a vitrine da Via Europa no
segundo semestre é a versão M
(Maranello) da Ferrari 456. O carro, que recebeu diversas melhorias, foi mostrado pela primeira
vez no salão do automóvel de Genebra (Suíça), em março.
A nova versão prioriza o conforto, sem, no entanto, perder um cavalo de sua esportividade.
O aumento no comprimento do
carro em 3 cm ampliou o espaço
interno para os passageiros. Os
bancos dianteiros receberam formato mais anatômico e passaram
a contar com ajuste elétrico de cinco memórias. Na traseira, os passageiros ganharam um descansa-braço retrátil.
Para melhorar a leitura, a posição dos mostradores no painel foi
alterada. Além disso, o interior foi
totalmente redesenhado.
Outra melhoria que privilegiou o
conforto foi a redução do nível de
ruído que chega aos ouvidos dos
ocupantes do carro.
Tração
Na parte mecânica, a maior modificação ficou com a introdução
de sistema ASR, para o controle de
tração nas rodas traseiras.
O capô agora é de fibra de carbono, o que possibilitou que, mesmo
com todas as alterações, o peso do
carro não aumentasse.
No visual, assinado pelo estúdio
Pininfarina, a única alteração foi a
eliminação de duas pequenas
reentrâncias no capô.
O motor, ponto máximo do carro italiano, continua o mesmo:
V12 (doze cilindros em V), 5.400
centímetros cúbicos (cc) e 442 cavalos de potência.
Segundo a Ferrari, a velocidade
máxima para a versão com câmbio
automático ultrapassa os 300
km/h, e os 100 km/h são alcançados em 5,2 segundos.
Na Itália, a 456M custa US$ 215
mil. O brasileiro poderá comprar
o carro por US$ 470 mil (versão
GT, com câmbio mecânico) ou
por US$ 485 mil (GTA, com câmbio automático).
Brasil
Apesar de estar longe dos principais mercados consumidores da
Ferrari, o Brasil desperta interesse
na fábrica de Maranello.
No ano passado, os brasileiros
compraram 32 Ferrari. O número
equivale a menos de 1% da produção da fábrica, que ano passado,
quando a marca completou 50
anos, produziu 3.581 unidades
-8,1% a mais do que em 1996.
A produção de 97 foi excepcional. Em média, a fábrica de Maranello produz anualmente entre
2.500 e 2.800 carros.
As Ferrari só são produzidas sob
encomenda e demoram 45 dias
para ficar prontas.
Em 98, a Ferrari pretende vender
39 carros no Brasil. Se conseguir
ultrapassar a cota de importação,
as vendas podem atingir 50 unidades, segundo Calixto Machado
Portella, diretor da Via Europa.
O principal mercado da Ferrari
são os Estados Unidos. Do total
produzido ano passado, os norte-americanos ficaram com 805
carros, ou 22,5%. A Alemanha
comprou 605, a Inglaterra, 421, a
Itália, 391, e o Japão, 287.
Com as 32 unidades vendidas em
97, as ruas brasileiras já têm mais
de 125 Ferrari rodando.
O número foi suficiente para fazer com que a fábrica de Maranello reservasse para o mercado brasileiro 1 das 349 unidades da F50,
lançada no ano passado para comemorar os 50 anos da Ferrari.
A F50, com motor de 525 cavalos
de potência, está exposta na Via
Europa. Quatro brasileiros já manifestaram interesse e estão disputando a máquina, que custa US$
1,4 milhão.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|