São Paulo, domingo, 5 de abril de 1998

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Nova Ferrari privilegia conforto e mantém esportividade


da Reportagem Local

Outra novidade que começa a enfeitar a vitrine da Via Europa no segundo semestre é a versão M (Maranello) da Ferrari 456. O carro, que recebeu diversas melhorias, foi mostrado pela primeira vez no salão do automóvel de Genebra (Suíça), em março.
A nova versão prioriza o conforto, sem, no entanto, perder um cavalo de sua esportividade.
O aumento no comprimento do carro em 3 cm ampliou o espaço interno para os passageiros. Os bancos dianteiros receberam formato mais anatômico e passaram a contar com ajuste elétrico de cinco memórias. Na traseira, os passageiros ganharam um descansa-braço retrátil.
Para melhorar a leitura, a posição dos mostradores no painel foi alterada. Além disso, o interior foi totalmente redesenhado.
Outra melhoria que privilegiou o conforto foi a redução do nível de ruído que chega aos ouvidos dos ocupantes do carro.
Tração
Na parte mecânica, a maior modificação ficou com a introdução de sistema ASR, para o controle de tração nas rodas traseiras.
O capô agora é de fibra de carbono, o que possibilitou que, mesmo com todas as alterações, o peso do carro não aumentasse.
No visual, assinado pelo estúdio Pininfarina, a única alteração foi a eliminação de duas pequenas reentrâncias no capô.
O motor, ponto máximo do carro italiano, continua o mesmo: V12 (doze cilindros em V), 5.400 centímetros cúbicos (cc) e 442 cavalos de potência.
Segundo a Ferrari, a velocidade máxima para a versão com câmbio automático ultrapassa os 300 km/h, e os 100 km/h são alcançados em 5,2 segundos.
Na Itália, a 456M custa US$ 215 mil. O brasileiro poderá comprar o carro por US$ 470 mil (versão GT, com câmbio mecânico) ou por US$ 485 mil (GTA, com câmbio automático).
Brasil
Apesar de estar longe dos principais mercados consumidores da Ferrari, o Brasil desperta interesse na fábrica de Maranello.
No ano passado, os brasileiros compraram 32 Ferrari. O número equivale a menos de 1% da produção da fábrica, que ano passado, quando a marca completou 50 anos, produziu 3.581 unidades -8,1% a mais do que em 1996.
A produção de 97 foi excepcional. Em média, a fábrica de Maranello produz anualmente entre 2.500 e 2.800 carros.
As Ferrari só são produzidas sob encomenda e demoram 45 dias para ficar prontas.
Em 98, a Ferrari pretende vender 39 carros no Brasil. Se conseguir ultrapassar a cota de importação, as vendas podem atingir 50 unidades, segundo Calixto Machado Portella, diretor da Via Europa.
O principal mercado da Ferrari são os Estados Unidos. Do total produzido ano passado, os norte-americanos ficaram com 805 carros, ou 22,5%. A Alemanha comprou 605, a Inglaterra, 421, a Itália, 391, e o Japão, 287.
Com as 32 unidades vendidas em 97, as ruas brasileiras já têm mais de 125 Ferrari rodando.
O número foi suficiente para fazer com que a fábrica de Maranello reservasse para o mercado brasileiro 1 das 349 unidades da F50, lançada no ano passado para comemorar os 50 anos da Ferrari.
A F50, com motor de 525 cavalos de potência, está exposta na Via Europa. Quatro brasileiros já manifestaram interesse e estão disputando a máquina, que custa US$ 1,4 milhão.



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