do enviado especial

Investir no mercado sul-americano é uma das poucas alternativas que restam à Citroën para crescer. Como a marca não planeja ingressar nos mercados dos EUA e do Extremo Oriente, o Brasil é visto com "carinho" pela direção da empresa, em função do seu potencial de crescimento.
A empresa ainda confia no fato de o brasileiro preferir modelos com design europeu. Por essa razão, montadoras da Europa reuniriam mais condições de crescer no mercado nacional do que marcas japonesas e norte-americanas.
A Picasso será a grande aposta da empresa no Brasil. O primeiro Citroën nacional será fabricado em Porto Real (RJ) a partir do final de 2000, dividindo a linha de montagem com o Peugeot 206.
A Peugeot controla as operações da Citroën pelo mundo. No Brasil, as empresas atuarão em conjunto, cada qual preenchendo um nicho específico de mercado.
No início de 2001, chegam às revendas as primeiras unidades da Xsara Picasso. Segundo a direção da Citroën do Brasil, o modelo não será importado previamente.
O motivo são as mudanças que o carro nacional receberá em relação à versão européia.
Entre essas modificações, foram anunciadas relações de marchas mais curtas (o brasileiro prefere arrancadas vigorosas a uma velocidade final elevada), suspensão mais elevada (de 15 mm a 20 mm), proteção do cárter, adaptação à gasolina nacional, ar-condicionado reforçado, acabamento interno mais refinado (o brasileiro prefere um interior sofisticado) e painel digital mais luminoso.

Meio nacional
No início, o índice de nacionalização do modelo será de 50% a 55%. O primeiro motor a equipar a Xsara Picasso brasileira será o mesmo 1.8 de 16 válvulas que já é oferecido no modelo Xsara notchback. Esse motor continuará a ser importado.
A empresa também estuda desenvolver uma unidade 2.0, já prevendo a concorrência com a futura Renault Scénic, que terá uma unidade com essa cilindrada, possivelmente com 16 válvulas. (leia texto abaixo).
Por enquanto, a única unidade com motor 2.0 da Picasso é movida a diesel e não pode ser comercializada no Brasil. Na Europa, o modelo conta ainda com opção de motor 1.6. (CHRISTIAN MARRA)


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