São Paulo, domingo, 14 de junho de 2009

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Carro sob encomenda pode chegar com IPI reajustado

Revendas não garantem desconto do imposto e "empurram" estoque

RICARDO RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O presidente Lula pretende prorrogar a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) até a crise acabar, mas não informa como será feita. Há chances de o imposto voltar de forma gradual, o que está incentivando a compra antecipada até o dia 30.
A situação é mais complicada para os carros com fila de espera de ao menos 30 dias, que podem ser faturados com valores maiores, se o governo reajustar o imposto no próximo mês.
"Se o carro entrar em produção antes do dia 30 de junho, conseguimos manter a redução, mesmo que a fábrica só faça a entrega no mês que vem. Se o carro for produzido depois, não podemos garantir o desconto", alerta Guilherme Kogan, gerente da revenda Itavox.
Caso o carro seja encomendado hoje, não há como afirmar que será fabricado antes do dia 30 e qual será o IPI incidente.
"Há fila de espera se o cliente escolher configuração ou cor específicos", afirma Kogan.
Quem procura por veículos de entrada, como o Chevrolet Celta ou o Ford Ka, também pode ter problemas. "Os veículos "populares" vendem mais e logo saem do estoque", explica Emerson Sanches, supervisor de vendas da Ford Mix.

Nota
Segundo Sanches, "se o cliente quiser um que não está na loja, virá escrito na nota a possibilidade de alteração do valor".
A solução pode ser "empurrar" aos clientes os carros da loja. "Evitamos encomendas e damos preferência ao que está no estoque", confirma Sanches.
Para um vendedor de uma concessionária Chevrolet, que prefere não ser identificado, as equipes têm interesse em fechar a venda agora porque, além da possibilidade do reajuste do IPI, o cliente pode desistir da encomenda depois.
"Quando não temos o modelo para pronta entrega, oferecemos outras versões", afirma.


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