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Carro sob encomenda pode chegar com IPI reajustado
Revendas não garantem desconto do imposto e "empurram" estoque
RICARDO RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O presidente Lula pretende
prorrogar a redução do IPI
(Imposto sobre Produtos Industrializados) até a crise acabar, mas não informa como será feita. Há chances de o imposto voltar de forma gradual, o
que está incentivando a compra antecipada até o dia 30.
A situação é mais complicada
para os carros com fila de espera de ao menos 30 dias, que podem ser faturados com valores
maiores, se o governo reajustar
o imposto no próximo mês.
"Se o carro entrar em produção antes do dia 30 de junho,
conseguimos manter a redução, mesmo que a fábrica só faça a entrega no mês que vem. Se
o carro for produzido depois,
não podemos garantir o desconto", alerta Guilherme Kogan, gerente da revenda Itavox.
Caso o carro seja encomendado hoje, não há como afirmar
que será fabricado antes do dia
30 e qual será o IPI incidente.
"Há fila de espera se o cliente
escolher configuração ou cor
específicos", afirma Kogan.
Quem procura por veículos
de entrada, como o Chevrolet
Celta ou o Ford Ka, também
pode ter problemas. "Os veículos "populares" vendem mais e
logo saem do estoque", explica
Emerson Sanches, supervisor
de vendas da Ford Mix.
Nota
Segundo Sanches, "se o cliente quiser um que não está na loja, virá escrito na nota a possibilidade de alteração do valor".
A solução pode ser "empurrar" aos clientes os carros da loja. "Evitamos encomendas e
damos preferência ao que está
no estoque", confirma Sanches.
Para um vendedor de uma
concessionária Chevrolet, que
prefere não ser identificado, as
equipes têm interesse em fechar a venda agora porque,
além da possibilidade do reajuste do IPI, o cliente pode desistir da encomenda depois.
"Quando não temos o modelo para pronta entrega, oferecemos outras versões", afirma.
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