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peças & acessórios
Carros perdem frisos, mas clientes valorizam acessório
Instalação do borrachão leva 20 minutos; preços vão de R$ 40 a R$ 450
CLARICE CARDOSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Passeio de domingo que se
preze começa com o bom e velho ritual para achar uma vaga
para o carro. E, para os motoristas zelosos, decidir onde parar pode dar mais trabalho do
que escolher o programa do dia.
O estagiário Elvis Jerônimo,
28, por exemplo, procura a vaga
ideal nos cantos dos estacionamentos e diz fugir das batidas
de portas dos carros que param
ao lado. Mesmo assim, ele instalou frisos laterais em sua Fiat
Strada Adventure 2005 poucas
semanas depois da compra.
"Do jeito que as vagas são espremidas, é preciso cuidado.
Supermercados são piores porque deixam as pessoas estressadas e menos cuidadosas do
que nos shoppings, onde vão
para passear", opina.
Mas, apesar de proteger as
portas em estacionamentos de
shoppings, supermercados e
condomínios, os frisos estão
sumindo dos novos modelos,
como o Toyota Corolla e a Nissan Grand Livina, que chega ao
mercado na semana que vem.
Nesses casos, é possível encontrar o borrachão como
acessório original nas revendas. Uma pesquisa da Chevrolet revelou que os frisos ainda
são valorizados pelos clientes,
como o estenotipista Jairo Lacerda, 44. Mesmo tendo optado
por um Renault Sandero básico, ele instalou o borrachão por
questões estéticas. Mas só conseguiu fazê-lo depois de um
ano de buscas.
"Quando foi lançado o friso,
custava R$ 850 na revenda. Pela internet, encontrei um fabricante que vendia por R$ 250.
Deu um tchã ao carro."
Já o engenheiro civil Arnaldo
Moreira Filho, 60, teve uma
surpresa quando, por uma confusão da oficina, os frisos foram
instalados por engano em seu
Fiat Palio 2002.
"Como o carro veio sem os
frisos, nunca quis instalá-los.
Acho que ficam desalinhados.
No Palio, o borrachão protegeu
a porta, mas depois a cola se
soltou. Hoje tenho um Honda
Civic que veio com friso. Acho a
qualidade, a colocação e a aderência do material de fábrica
melhores", diz o engenheiro.
Proteção relativa
Sérgio Balboni, gerente de
vendas da Auto 330, no centro,
explica que não se deve colar o
acessório direto na lataria. "É
preciso limpar a superfície com
um produto específico e, depois, aplicar um outro, que dá
melhor aderência à cola."
Para Luiz Kosloswky, gerente da funilaria Engescar, na zona sul, a proteção é relativa.
"Como as alturas dos carros variam, a porta de um modelo
mais alto que o seu pode bater e
deixar marcas na porta."
"Na hora de escolher um friso para o carro, é preciso cuidado para combinar o desenho de
um com o do outro", alerta Wilson Zimmermann, dono da SP
Center Car, na zona oeste. Para
ele, em alguns casos, é como
comprar um "sofá novo e jogar
um lençol por cima".
Na hora de instalar o acessório, é bom ficar atento ao modelo, ao material e como é feita a
instalação do friso, fatores que
causam variação no preço.
A Folha apurou que, para
instalar frisos laterais em um
Chevrolet Corsa 2009 com
quatro portas, o motorista pode desembolsar de R$ 40 a R$
110. Para proteger os para-choques, varia de R$ 50 a R$ 80.
Já num Toyota Corolla, os
frisos laterais vão de R$ 160
(genérico) a R$ 450 (específico). Nos para-choques, custam
de R$ 50 a R$ 120.
ONDE ENCONTRAR
Auto 330 (0/xx/11/3331-3321)
SP Center Car (0/xx/11/3392-1215)
Wilcar (0/xx/11/2211-5768)
Jet (0/xx/11/3901-2129)
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