São Paulo, domingo, 14 de junho de 2009

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peças & acessórios

Carros perdem frisos, mas clientes valorizam acessório

Instalação do borrachão leva 20 minutos; preços vão de R$ 40 a R$ 450

CLARICE CARDOSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Passeio de domingo que se preze começa com o bom e velho ritual para achar uma vaga para o carro. E, para os motoristas zelosos, decidir onde parar pode dar mais trabalho do que escolher o programa do dia.
O estagiário Elvis Jerônimo, 28, por exemplo, procura a vaga ideal nos cantos dos estacionamentos e diz fugir das batidas de portas dos carros que param ao lado. Mesmo assim, ele instalou frisos laterais em sua Fiat Strada Adventure 2005 poucas semanas depois da compra.
"Do jeito que as vagas são espremidas, é preciso cuidado. Supermercados são piores porque deixam as pessoas estressadas e menos cuidadosas do que nos shoppings, onde vão para passear", opina.
Mas, apesar de proteger as portas em estacionamentos de shoppings, supermercados e condomínios, os frisos estão sumindo dos novos modelos, como o Toyota Corolla e a Nissan Grand Livina, que chega ao mercado na semana que vem.
Nesses casos, é possível encontrar o borrachão como acessório original nas revendas. Uma pesquisa da Chevrolet revelou que os frisos ainda são valorizados pelos clientes, como o estenotipista Jairo Lacerda, 44. Mesmo tendo optado por um Renault Sandero básico, ele instalou o borrachão por questões estéticas. Mas só conseguiu fazê-lo depois de um ano de buscas.
"Quando foi lançado o friso, custava R$ 850 na revenda. Pela internet, encontrei um fabricante que vendia por R$ 250. Deu um tchã ao carro."
Já o engenheiro civil Arnaldo Moreira Filho, 60, teve uma surpresa quando, por uma confusão da oficina, os frisos foram instalados por engano em seu Fiat Palio 2002.
"Como o carro veio sem os frisos, nunca quis instalá-los. Acho que ficam desalinhados. No Palio, o borrachão protegeu a porta, mas depois a cola se soltou. Hoje tenho um Honda Civic que veio com friso. Acho a qualidade, a colocação e a aderência do material de fábrica melhores", diz o engenheiro.

Proteção relativa
Sérgio Balboni, gerente de vendas da Auto 330, no centro, explica que não se deve colar o acessório direto na lataria. "É preciso limpar a superfície com um produto específico e, depois, aplicar um outro, que dá melhor aderência à cola."
Para Luiz Kosloswky, gerente da funilaria Engescar, na zona sul, a proteção é relativa. "Como as alturas dos carros variam, a porta de um modelo mais alto que o seu pode bater e deixar marcas na porta."
"Na hora de escolher um friso para o carro, é preciso cuidado para combinar o desenho de um com o do outro", alerta Wilson Zimmermann, dono da SP Center Car, na zona oeste. Para ele, em alguns casos, é como comprar um "sofá novo e jogar um lençol por cima".
Na hora de instalar o acessório, é bom ficar atento ao modelo, ao material e como é feita a instalação do friso, fatores que causam variação no preço.
A Folha apurou que, para instalar frisos laterais em um Chevrolet Corsa 2009 com quatro portas, o motorista pode desembolsar de R$ 40 a R$ 110. Para proteger os para-choques, varia de R$ 50 a R$ 80.
Já num Toyota Corolla, os frisos laterais vão de R$ 160 (genérico) a R$ 450 (específico). Nos para-choques, custam de R$ 50 a R$ 120.


ONDE ENCONTRAR
Auto 330 (0/xx/11/3331-3321)
SP Center Car (0/xx/11/3392-1215)
Wilcar (0/xx/11/2211-5768)
Jet (0/xx/11/3901-2129)



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