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Carros como Scénic recebem mudanças na Europa que não estarão disponíveis para mercado interno
Novidades envelhecem modelos vendidos no Brasil
DO ENVIADO ESPECIAL A FRANKFURT
Não estranhe se, ao desembarcar em Londres, Paris ou Frankfurt, você reconhecer alguns automóveis apenas pelo nome. Além
de Opel Astra e Volkswagen Golf,
outros modelos apresentados no
Salão de Frankfurt deixam os brasileiros atrás dos europeus. Pelo
menos até o primeiro trimestre de
2004, quando chega o Volvo S40.
"É um carro totalmente novo",
resume Anders Norinder, diretor-executivo da Volvo Automóveis. "É muito revolucionário para o cliente Volvo." O S40 ficou
mais curto (4,47 m), mas está
mais largo e alto. Na traseira, ganhou traços dos irmãos S60 e S80.
A carroceria usa quatro tipos de
aço para proporcionar mais segurança em batidas. Por dentro, os
controles do painel central têm
desenho ergonômico e funcional.
O sedã deve ficar de 10% a 15%
mais caro -hoje seu preço é de
R$ 115.350. A motorização importada será a T5, de 220 cv.
A perua S40, atualmente o Volvo mais vendido no Brasil, muda
ainda neste ano na Europa e passará a se chamar V50. Chega ao
Brasil no segundo semestre.
Já a Land Rover anuncia, desde
o Salão de São Paulo, em outubro
de 2002, a comercialização do utilitário Freelander. Agora que realmente ele será vendido, Frankfurt
conhece sua nova geração. "Nova
cara, novo interior, muito mais
premium", diz Matthew Rover,
diretor da marca.
Martin, Aston Martin
Junto com Volvo e Land Rover,
Jaguar e Aston Martin fazem parte do Premier Automotive Group,
a divisão das marcas de luxo da
Ford. E as duas inglesas também
trouxeram novidades. No estande
da Jaguar, o destaque é a X-Type
Estate, primeira perua da marca e
que não será vendida no Brasil.
Famosa por ser integrante dos
filmes de James Bond, a Aston
Martin revelou o DB9. Feito em
alumínio, é equipado com motor
6.0 V12 e inaugura a fábrica de
Gaydon (Inglaterra). Ele substitui
o DB7, o Aston Martin de maior
sucesso na história.
Um brasileiro e um europeu
que entrarem em uma revenda
Renault podem até comprar carros com o mesmo nome, mas
bem diferentes um do outro.
É o que acontece com a Scénic,
que acaba de ganhar bancos adicionais para abrigar sete pessoas.
A montadora diz que a maioria da
clientela irá optar pela Scénic normal, mas quer oferecer carros para todos -em outras palavras,
não quer deixar o mercado apenas para a Opel Zafira.
Quem também muda no velho
continente são os Alfa Romeo 156
e 166. A principal mudança, nos
dois casos, aparece na dianteira:
inspirada nos carros do passado,
a grade é bem maior e ultrapassa
o pára-choque.
Ao lado deles, brilha no espaço
da fábrica italiana o GT. Derivado
do 156, esse cupê pretende aliar
esportividade a conforto e elegância -destaque para a capacidade
de carga e o espaço traseiro, em
geral mínimos em veículos com
essa configuração.
Os Subaru Legacy (sedã e perua) e Outback também passaram
pelo bisturi. A quarta geração
quer ser mais emocional e inteligente. Para tanto, busca oferecer
prazer ao dirigir em baixas velocidades e desempenho com baixo
consumo de combustível, graças
à carroceria mais leve.
Se não bastasse o novo Opel
Vectra, os europeus passam a ter
como opção sua perua. Destaque,
obviamente, para o porta-malas.
Além de levar até 1.850 litros
com os bancos traseiros rebatidos, conta com o FlexOrganizer
para racionalizar o transporte de
pequenos objetos. Há dois trilhos
paralelos que correm por todo o
compartimento e aos quais são
afixados ganchos e divisores.
Europeus "enganados"
Mas quem disse que só os brasileiros são "enganados"? Enquanto não lança o 407, a Peugeot leva
a Frankfurt o "face-lift" do 406. A
montadora afirma que é uma interpretação de como serão os sedãs médio-grandes no futuro.
Querendo transmitir dinamismo e elegância, o 407 Elixir tem
uma traseira ampla, com janelas
que "abraçam" o veículo -é exatamente na traseira em que estão
os sinais de que se trata de um
exercício de design. Há nove airbags, um deles para os joelhos do
motorista.
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)
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