São Paulo, domingo, 16 de janeiro de 2005

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EM TERRA DE GIGANTES

Com seus compactos, marca quer brigar com utilitários esportivos

Ousada, smart chega aos EUA

DO ENVIADO ESPECIAL A DETROIT

Neva, mas a equipe da smart está animada para deixar cinco carros sempre brilhando. A missão é clara: atrair a atenção do consumidor americano. Para entrar nos EUA, maior mercado do mundo, a empresa precisa convencer o motorista a trocar seu enorme utilitário esportivo, van ou sedã, por um dos compactos carros da marca.
Fruto de uma parceria da Swatch (relógios) com a Mercedes-Benz, a smart está presente em 36 países. Irreverente a ponto de só usar letras minúsculas, expõe pela primeira vez em uma mostra americana. O objetivo é atrair o consumidor com menos idade ou "jovem de espírito".
Os canadenses já começaram a comprar smart, mas os americanos não costumam gostar muito de carros europeus -Alfa Romeo, Citroën e Renault, entre outras, não atuam do outro lado do Atlântico.
Com uma fábrica em Juiz de Fora (MG) produzindo apenas o Classe A, em quantidade muito menor do que a capacidade instalada, a cúpula da DaimlerChrysler, dona da smart, resolveu fazer ali um utilitário esportivo para vender nos EUA. O protótipo, prometido para o Salão de Detroit, não deu as caras.
"Dois anos antes do lançamento é muito tempo para mostrar um carro", disse Ulrich Walker, presidente da smart.
A verdade é que a empresa precisou rever seus planos. A idéia inicial era adaptar o forfour, que leva quatro pessoas, para se tornar um jipinho. Pequeno demais. A matriz decidiu usar a plataforma do Mercedes-Benz Classe C, que é maior, mas exige recálculos.
A decisão final sai em março, mas Walker espera lançar o carro em setembro de 2006, e vender nos EUA, no Canadá, na Europa e no Brasil. Basta saber se o grupo, que já fechou duas vezes as fábricas brasileiras da Dodge, vai acertar desta vez. (JAA)


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