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EM TERRA DE GIGANTES
Com seus compactos, marca quer brigar com utilitários esportivos
Ousada, smart chega aos EUA
DO ENVIADO ESPECIAL A DETROIT
Neva, mas a equipe da smart
está animada para deixar cinco
carros sempre brilhando. A
missão é clara: atrair a atenção
do consumidor americano. Para entrar nos EUA, maior mercado do mundo, a empresa precisa convencer o motorista a
trocar seu enorme utilitário esportivo, van ou sedã, por um
dos compactos carros da marca.
Fruto de uma parceria da
Swatch (relógios) com a Mercedes-Benz, a smart está presente
em 36 países. Irreverente a ponto de só usar letras minúsculas,
expõe pela primeira vez em uma
mostra americana. O objetivo é
atrair o consumidor com menos
idade ou "jovem de espírito".
Os canadenses já começaram
a comprar smart, mas os americanos não costumam gostar
muito de carros europeus -Alfa Romeo, Citroën e Renault,
entre outras, não atuam do outro lado do Atlântico.
Com uma fábrica em Juiz de
Fora (MG) produzindo apenas
o Classe A, em quantidade muito menor do que a capacidade
instalada, a cúpula da DaimlerChrysler, dona da smart, resolveu fazer ali um utilitário esportivo para vender nos EUA. O
protótipo, prometido para o Salão de Detroit, não deu as caras.
"Dois anos antes do lançamento é muito tempo para
mostrar um carro", disse Ulrich
Walker, presidente da smart.
A verdade é que a empresa
precisou rever seus planos. A
idéia inicial era adaptar o forfour, que leva quatro pessoas,
para se tornar um jipinho. Pequeno demais. A matriz decidiu
usar a plataforma do Mercedes-Benz Classe C, que é maior, mas
exige recálculos.
A decisão final sai em março,
mas Walker espera lançar o carro em setembro de 2006, e vender nos EUA, no Canadá, na Europa e no Brasil. Basta saber se o
grupo, que já fechou duas vezes
as fábricas brasileiras da Dodge,
vai acertar desta vez.
(JAA)
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