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Teste folha-mauá
Tucson e Sportage empatam em preço e desempenho
Com mesmos motores e dimensões semelhantes, Hyundai e Kia diferem em acabamento
FABIANO SEVERO
DA REPORTAGEM LOCAL
Ainda que as indústrias americana, alemã e japonesa só se
sintam ameaçadas pelos chineses, são os coreanos que mais
crescem no quesito qualidade.
Há um motivo: os carros da
Coréia do Sul nunca se pareceram tanto com os do Japão
-que, quando começaram a ser
exportados, também tinham
problemas de qualidade.
E se parecem em tudo, até
naquela batida de porta seca do
Toyota Corolla. Ela ecoa no Kia
Sportage e no Hyundai Tucson,
fabricados pelo mesmo grupo.
Como um tipo de espionagem da McLaren para a Ferrari,
os coreanos parecem ter clonado dos japoneses o manual de
"carro americano", seguido por
Honda e Toyota há anos.
Tudo está lá: a vedação dupla
de borracha nas portas (daí a tal
batida seca), a suspensão independente nas quatro rodas, a
iluminação verde no painel e
até a função "um toque" restrita ao vidro do motorista.
O tato, aliás, foi pródigo com
o Tucson. Seus plásticos são de
melhor qualidade, e sua ergonomia lembra a de um sedã -a
alavanca do câmbio, por exemplo, está bem próxima do console, como no Nissan Sentra.
A cor clara do painel, porém,
pode ter caído no gosto do americano, mas o brasileiro nunca
morreu de amores por ela. O
Sportage tem interior escuro.
Outro ponto forte desses coreanos está na modularidade
dos bancos -forrações de couro são opcionais parte de um
pacote de mais de R$ 5.000. O
banco do passageiro é dobrável
e permite acomodar, por exemplo, um prancha de surfe.
É possível, rapidamente, aumentar o espaço para bagagens
no Tucson de 644 l para 1.856 l.
No Sportage, o porta-malas
passa de 667 l para 1.866 l.
O "pezinho" dos EUA está no
vidro traseiro que se abre independentemente da tampa, como no Jeep Grand Cherokee.
Os equipamentos também
chamam a atenção. Desde as
versões de entrada, ambos vêm
de série com ar-condicionado,
direção hidráulica, trio elétrico
e regulagem de altura do volante e do banco do motorista.
Igualdade
Os motores do Tucson e do
Sportage também são iguais
-2.0 de 142 cv (cavalos) ou 2.7
V6 (seis cilindros em "V") de
175 cv. Na linha 2006, a Hyundai anunciava mais 5 cv, mas
dados de homologação apontam a mesma potência do rival.
Na linha 2007, a potência declarada é a mais baixa.
Isso significa que, nos testes
de desempenho, eles andam
iguais. De 0 a 100 km/h, por
exemplo, a diferença é de apenas 0,22s a favor do Sportage,
aponta o teste Folha-Mauá. Na
retomada de 60 km/h a 120
km/h, o intervalo é de 0,3s.
Apesar de as versões 2.0 representarem 85% das vendas
do Kia e 90% das do Hyundai,
foram cedidas para teste as versões V6. Custam R$ 104,9 mil.
Manual, o Sportage LX 2.0
com tração 4x2 custa a partir
de R$ 77,4 mil, R$ 2.590 a menos do que o Tucson GL 2.0.
Com câmbio automático, os
preços sobem para R$ 84,4 mil
e R$ 86.490, respectivamente.
INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br
0/xx/11/4239-3092
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