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São Paulo, domingo, 22 de junho de 2003

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Cliente gasta mais sola do que pneu do carro

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Há gente que compra carro zero na esperança de "economizar" as pernas, mas gasta mais sola de sapato do que pneu porque seu veículo fica parado nas concessionárias para resolver problemas persistentes.
"Comprei uma Parati Turbo em julho de 2002. Com 900 quilômetros rodados, o motor fundiu", conta o economista Eduardo Amaral, 25. Além disso, com menos de um ano, a Parati apresentou defeitos e voltou cinco vezes à autorizada.
Amaral tentou um carro reserva, mas não conseguiu. "Fui bem atendido no 0800, mas fiquei a pé enquanto o motor era substituído." De acordo com a Volks, o problema da Parati do economista já foi solucionado.
O motor do Peugeot 206 da administradora de empresas Gisele Piccoli Traina, 32, também fundiu. "Foi um mês de negociação com a autorizada e com a montadora. É muito desgastante."
A Peugeot trocou o motor e deu um ano a mais de garantia para a peça.

Demora
O técnico de suporte Rodrigo Coviello, 23, teve problemas logo na entrega de seu primeiro zero-quilômetro. "Só recebi o veículo um mês depois do combinado."
Além do atraso, o Fiesta teve complicações no freio, no painel e na direção hidráulica. Ao todo, o carro foi sete vezes para o conserto. "Até chorei de raiva." A Ford diz que vai efetuar os ajustes, e um veículo reserva será fornecido ao cliente.
Segundo o Código de Defesa do Consumidor, se um defeito não for resolvido em 30 dias, o usuário tem três opções: pedir troca, restituição da quantia paga ou desconto do preço proporcional ao problema. (LS)




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