São Paulo, Domingo, 23 de Maio de 1999
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TIRA-DÚVIDAS

Alinhamento envolve três tipos de ajuste

da Reportagem Local

Alinhamento, ou geometria, é o conjunto de ajustes na suspensão para que o carro rode com as características ideais de dirigibilidade. Esses ajustes são feitos prevendo-se as situações a que a suspensão é exposta frequentemente.
O alinhamento envolve três possíveis tipos de acerto: a convergência/divergência, o cáster e a cambagem. Nem todos os carros permitem esses três ajustes.
A cambagem, ou câmber, já explicada nesta seção, é a inclinação lateral dos pneus em relação ao solo. Quando as extremidades que o tocam estão mais próximas, ela é chamada de positiva. Quando estão mais afastadas, de negativa.
Problemas nessa regulagem podem causar falta de estabilidade e desgaste irregular nos ombros dos pneus (quina entre a lateral e a banda de rodagem). "A utilidade desses processos é evitar o desgaste de peças e dar segurança", diz Renato Romio, engenheiro do Instituto Mauá de Tecnologia.
"Carros com problemas de alinhamento trepidam e não obedecem corretamente aos comandos do motorista. São, por isso, menos seguros do que os que estão regulados perfeitamente."
"Há diversos tipos de regulagem. Carros de corrida privilegiam uma que proporcione máxima aderência, mas isso gasta mais os pneus. O ajuste dos carros de passeio é um meio termo entre a aderência e o gasto", afirma Romio.

Convergência/divergência
A convergência faz com que as rodas fiquem mais próximas na parte dianteira do que na traseira. O ajuste que torna as rodas mais fechadas na traseira do que na dianteira é chamado divergência.
A regulagem mais adequada de convergência/divergência depende do que o fabricante determina e do tipo de tração que o carro tem.
"Geralmente, carros com tração dianteira têm regulagem divergente. Os com tração traseira são levemente convergentes", diz Klaus Peter Rupitsch, gerente de produtos da Hofmann do Brasil, que fabrica equipamentos de regulagem.
Segundo Rupitsch, quando puxam o carro, as rodas dianteiras, levemente afastadas, tendem a convergir. A tração traseira, pelo contrário, empurra as rodas da frente e as afasta.
Em uso, o ideal é que o carro não tenha nem convergência nem divergência nas rodas dianteiras. Ambas as regulagens servem para mantê-las paralelas quando entram em movimento, prevendo as forças que as desviam.
Rupitsch disse que, dependendo do grau, a convergência/divergência não compromete a segurança quando não está bem ajustada. "Um erro nessas regulagens o motorista sente muito mais no bolso que na direção."


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