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Deficiente ganha R$ 30 por dia
free-lance para a Folha
Deficientes físicos são pessoas
que, às vezes, também precisam
recorrer às vendas nos semáforos
como única fonte de renda.
Esse é o caso de Juraci Magalhães, 39, portador de deficiência
nas duas pernas. Há 15 anos ele
depende de esmolas e da venda de
mercadorias no semáforo da praça do Vaticano, esquina com a
avenida Europa (zona sul).
"Não tenho outra alternativa",
diz Magalhães, que vai de Guarulhos (20 km ao norte de São Paulo) até o local, de segunda a sexta.
Única saída
Para sustentar sua mulher, ele
arrecada cerca de R$ 30 por dia.
Comenta que só consegue esse dinheiro graças à amizade de motoristas que já o conhecem.
Juscelino Ferreira Lopes é outro
deficiente que depende da renda
em semáforos. Vendendo balas e
chicletes na alça de acesso à avenida 23 de maio, junto ao parque
Ibirapuera, ele chega ao fim de cada dia com cerca de R$ 30.
"Tenho um filho de 9 e outro de
3 anos para manter. Foi essa a
única forma que eu encontrei para sobreviver."
(CM)
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