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DO ALTO
De dirigível, metrópole se revela fria
LUÍS PEREZ
Editor interino de Veículos
As fotos aéreas de São Paulo publicadas nesta edição
foram feitas do Spirit of the
Americas, uma espécie de irmão mais novo dos dirigíveis que voam nos EUA. O
dirigível, de 39 m de comprimento e 10 m de largura, foi
cedido para a reportagem da
Folha pela Goodyear.
Acostumado a ser visto em
transmissões esportivas na
TV, o dirigível leva algumas
vantagens em relação a helicópteros -é mais suave-
ou a aviões -voa a cerca de
300 metros do solo.
Do alto, São Paulo se revela
cinzenta e fria. Ainda mais
quando o piloto se viu obrigado a subir dezenas de metros na região da avenida
Paulista -não é boa idéia
desafiar as antenas- ou se
afastar da avenida Faria Lima -rota de chegada de
aviões a Congonhas.
Feia e desordenada, poluição, caos social, economia
informal. Do alto, é difícil
identificar meninas como
Juliana Romualda da Silva,
12, que vende balas na esquina da avenida Paulista com a
rua Augusta. "Estou aqui
desde que era bebê de colo."
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