São Paulo, domingo, 27 de janeiro de 2008

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Sedã médio cresce mais que hatch e monovolume

Vendas de Corolla, Civic e Vectra aumentam 171% em cinco anos; Corsa e Palio Weekend caíram 43%

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Além das variações de posição entre o Volkswagen Gol e o Fiat Palio, o estudo da Folha também analisa os segmentos que mais cresceram nos últimos cinco anos.
Dentre os 25 modelos zero-quilômetro mais emplacados no país, os sedãs levaram a melhor. Dos 7 modelos que apareceram na tabela, 6 tiveram variação positiva acima de 100%.
Entre os sedãs médios, que custam mais de R$ 50 mil, o aumento chega a 171%. O maior destaque foi o Chevrolet Vectra, que cresceu 280%.
"Passamos sete anos sem investimentos no segmento. Em 2005, com o novo Vectra, desafiamos o Corolla, que liderava", afirma Samuel Russell, diretor de marketing da GM.
Já para os sedãs compactos, a média acumulada foi menor (115%). Mesmo assim, as vendas do Fiat Siena subiram 181%. Lançado em 2004, o Ford Fiesta Sedan apresentou o menor desempenho do segmento no ranking Folha -alta de 20% nos últimos dois anos.
"Com a estabilidade da economia e o aumento da renda e do crédito, o consumidor está migrando de segmento. Se puder comprar um sedã com preço de hatch, certamente vai preferir", afirma Sérgio Reze, presidente da Fenabrave.
As vendas dos hatchs compactos, que ainda são maioria no mercado, cresceram 20%.
Lançados em 2003, Volkswagen Fox e CrossFox tiveram 83% de crescimento nos últimos três anos.
"Carros de entrada zero-quilômetro são comprados por quem só comprava os usados. Quem tinha moto está optando pelo carro", define Reze.

Derrapagens
Embora os 25 modelos apresentem alta nas vendas de 54%, em média, 3 deles sofreram quedas significativas.
O Renault Clio caiu 52%, e o Chevrolet Corsa, 40%, mesma queda da Fiat Palio Weekend.
"Na verdade, até 2002 [ano base do estudo], o Renavam [Registro Nacional de Veículos Automotores] unia os números dos Clio hatch e sedã. Daí a distorção", explica Ricardo Fischer, supervisor de marketing da Renault, que calcula queda de 24% nos últimos cinco anos.
Já a Scénic perdeu 45% no estudo da Folha e no da Renault. "Os clientes não queriam trocar uma Scénic por outra e migraram para a Picasso, por causa do design, e para a Zafira, porque é GM", diz Fischer.
Russell assume a queda de 47% do Corsa hatch entre 2002 e 2007. "O fortalecimento de Classic, Celta e Prisma enfraqueceu o Corsa. Não há como lançar outros carros sem sofrer canibalização interna." (RM E MP)


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