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Sedã médio cresce mais que hatch e monovolume
Vendas de Corolla, Civic e Vectra aumentam 171% em cinco anos; Corsa e Palio Weekend caíram 43%
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Além das variações de posição entre o Volkswagen Gol e o
Fiat Palio, o estudo da Folha
também analisa os segmentos
que mais cresceram nos últimos cinco anos.
Dentre os 25 modelos zero-quilômetro mais emplacados
no país, os sedãs levaram a melhor. Dos 7 modelos que apareceram na tabela, 6 tiveram variação positiva acima de 100%.
Entre os sedãs médios, que
custam mais de R$ 50 mil, o aumento chega a 171%. O maior
destaque foi o Chevrolet Vectra, que cresceu 280%.
"Passamos sete anos sem investimentos no segmento. Em
2005, com o novo Vectra, desafiamos o Corolla, que liderava",
afirma Samuel Russell, diretor
de marketing da GM.
Já para os sedãs compactos, a
média acumulada foi menor
(115%). Mesmo assim, as vendas do Fiat Siena subiram
181%. Lançado em 2004, o
Ford Fiesta Sedan apresentou
o menor desempenho do segmento no ranking Folha -alta
de 20% nos últimos dois anos.
"Com a estabilidade da economia e o aumento da renda e
do crédito, o consumidor está
migrando de segmento. Se puder comprar um sedã com preço de hatch, certamente vai
preferir", afirma Sérgio Reze,
presidente da Fenabrave.
As vendas dos hatchs compactos, que ainda são maioria
no mercado, cresceram 20%.
Lançados em 2003, Volkswagen Fox e CrossFox tiveram
83% de crescimento nos últimos três anos.
"Carros de entrada zero-quilômetro são comprados por
quem só comprava os usados.
Quem tinha moto está optando
pelo carro", define Reze.
Derrapagens
Embora os 25 modelos apresentem alta nas vendas de 54%,
em média, 3 deles sofreram
quedas significativas.
O Renault Clio caiu 52%, e o
Chevrolet Corsa, 40%, mesma
queda da Fiat Palio Weekend.
"Na verdade, até 2002 [ano
base do estudo], o Renavam
[Registro Nacional de Veículos
Automotores] unia os números
dos Clio hatch e sedã. Daí a distorção", explica Ricardo Fischer, supervisor de marketing
da Renault, que calcula queda
de 24% nos últimos cinco anos.
Já a Scénic perdeu 45% no
estudo da Folha e no da Renault. "Os clientes não queriam
trocar uma Scénic por outra e
migraram para a Picasso, por
causa do design, e para a Zafira,
porque é GM", diz Fischer.
Russell assume a queda de
47% do Corsa hatch entre 2002
e 2007. "O fortalecimento de
Classic, Celta e Prisma enfraqueceu o Corsa. Não há como
lançar outros carros sem sofrer
canibalização interna."
(RM E MP)
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