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São Paulo, domingo, 31 de agosto de 2003

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Norte do Paraná concentra pólos de distribuição

FREE-LANCE PARA A FOLHA

As peças falsas percorrem um longo caminho até o Brasil. A maioria é feita na Ásia e nos países que formavam a União Soviética. Nos portos nacionais, os contêineres são pesados -não há verificação de todas as cargas- e liberados.
"Há quem importe dizendo que a carga é de livros, para não pagar imposto", diz Pedro Mochetti, diretor-geral da ABCF (Associação Brasileira de Combate à Falsificação).
Em solo brasileiro, o principal pólo onde as peças são "nacionalizadas" é o norte do Paraná, em cidades como Londrina e Maringá. Ali são embaladas, polidas para apagar a marca original e distribuídas.
A região é propícia para tanto por ser industrializada e cercada de rodovias. Nas paulistas Ribeirão Preto (314 km ao norte da capital), Araras (169 km a noroeste) e Rio Claro (175 km a noroeste), os falsificadores também atuam.
"Nosso trabalho contra a falsificação começou na década passada", diz Marcelo Cassone, gerente de marketing da Bosch. Ele afirma que os resultados são tão positivos que hoje a Bosch é uma das empresas menos visadas pelos falsificadores.
A Philips faz palestras nas alfândegas dos portos para mostrar como lâmpadas entram no Brasil ilegalmente. "O preço declarado é baixo para pagar pouco imposto", conta João Paulo Borgonove, gerente nacional de vendas da empresa.
Quando se fala de itens falsificados, é importante lembrar que eles não têm nada a ver com os remanufaturados. Motores, embreagens, compressores, turbinas e juntas homocinéticas podem ser recondicionados. A vantagem é que os preços têm reduções de 20% a 50%, e as peças contam com o aval dos fabricantes. (JAA)



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