Índice O ROTEIRO MAIS COMPLETO
DE SÃO PAULO
Guia da Folha
 

DE 25 A 31 DE AGOSTO DE 2006

 

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BARES E GULOSEIMAS

O boteco chique

Original completa década de sucesso

Giuliana Bastos

Numa cidade como São Paulo, em que dezenas de bares abrem e fecham de forma quase instantânea, não é nada mal completar uma década, como faz agora o bar Original, em data a ser cravada nesta semana, no dia 29.

A despeito da importância da efeméride, a casa comemora apenas com o lançamento de um livro-homenagem no fim de novembro. Mas não importa. O bar continua sendo um dos mais emblemáticos da cidade, com seu chope tirado à perfeição, bons petiscos e um atendimento marcado pela simpatia -apesar de estar sempre lotado.

Para os proprietários da casa -donos de outros empreendimentos, como Astor, Pirajá, Lanchonete da Cidade e as pizzarias Bráz e Quintal do Bráz-, há várias explicações para se manter assim, em constante sucesso. Entre elas, a busca (quase obsessiva) pelo chope à la Bar Léo, exaustivamente premiado e extraído quase artesanalmente, com creme de sobra, frescor raro e 3ºC garantidos por uma chopeira de refrigeração dupla -a bebida, que sai do barril, passa por um sistema elétrico de pré-resfriação, pelas caixas de gelo e pela chopeira para chegar à caldereta e, depois, à mesa.

Nessa trilha, a de homenagear bares das décadas de 30 a 50, como Léo e Elídio, a casa lançou na cidade a tendência dos botecos chiques, que trazem o autêntico clima de botequim, mas com um toque mais arrumadinho e mais estrutura.

A fórmula fez tanto sucesso, que, desde sua inauguração, o bar acompanhou a abertura de dezenas de casas que se inspiraram em seu modelo ou que até o imitaram sem acanhamento -mas, infelizmente, sem o cuidado devido com a qualidade do chope. Algumas se mantiveram e mostraram que havia um público para o estilo, outras fecharam rapidamente. Tal vez por não guardarem no espírito aquela nostalgia tão presente no balcão de mármore e no piso quadriculado, restaurados de uma mercearia dos anos 30.

Sim, às vezes, é preciso ter paciência para encarar o empurra-empurra e as longas esperas, especialmente nas quentes tardes de sábado. Mas que aquele chope, cremoso e geladinho, os ótimos comes e os garçons boas-praças valem a pena, ah, valem.

Veja outros botecos no estilo

ADEGA ORIGINAL Boa opção para quem está na região norte da cidade, tem estilo rústico e abusa no uso de madeira. O movimento começa cedo, com a happy hour. Serve porções de botequim, como a de bolinhos de bacalhau. O bar, que tem um público na faixa dos 25 aos 40 anos durante a semana, é invadido pelos adolescentes aos sábados e domingos. Av. Luis Dumont Villares, 794, Jardim São Paulo, tel. 6978-7853. 250 lugares. Seg. a sex.: a partir das 17h. Sáb. e dom.: a partir das 13h.

ASTOR Fica em uma simpática rua da Vila Madalena. O salão é decorado com espelhos e lambe-lambes e o balcão do bar, trazido dos Estados Unidos, é de meados da década de 50. A freqüência é de um público mais maduro, que busca um ótimo chope e bons petiscos em clima de paquera. R. Delfina, 163, Vila Madalena, tel. 3815-1364. 180 lugares. Seg. a qui.: 18h às 3h. Sex. e sáb.: 12h às 4h. Dom.: 12h às 24h.

AUGUSTA Na esquina que abrigou o concorrido clube Columbia nos anos 90, é mais um com o rótulo boteco chique, com piso de madeira, azulejos e decoração nostálgica, que faz referência aos anos 40. Para beber, uma dica é o drinque Mar Vermelho (R$ 13), com cachaça, suco de abacaxi, groselha e chope. Os comes têm forte acento alemão. R. Augusta, 3.008, Cerqueira César, tel. 3082-6770. 160 lugares. Seg. a sex.: a partir das 17h. Sáb. e dom.: a partir das 12h.

DONA FLOR Sem parecer kitsch, pode ser classificado como um chique tropical, com pé-direito duplo, parede com texturas que lembram pau-a-pique, telhado de bambu e palmeiras. Entre as opções do cardápio, prefira os salgadinhos aos grelhados -a dica são os saborosos pastéis de siri e pimenta-rosa. O chope é outro destaque da casa. R. Canário, 480, Indianópolis, tel. 3044-2624. 370 lugares. Seg. a sex.: a partir das 17h. Sáb. e dom.: a partir das 12h.

RASGUEIRA Localizado um dos bairros mais abastados de São Paulo, o Campo Belo, fica em uma esquina sossegada. Além do chope, é possível pedir cerveja em garrafa, com preços entre R$ 4,70 e R$ 4,95. R. Gabriele D'Annunzio, 1.346, Campo Belo, tel. 5042-3070. 140 lugares. Seg. a sex.: 17h à 1h. Sáb. e dom.: 12h à 1h. Couv. art. (sáb.): R$ 3,50.
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