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DE SÃO PAULO
Guia da Folha
 

DE 2 A 8 DE ABRIL DE 2010

 

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CINEMA

Sede de Sangue

"Cult" da Coreia do Sul usa violência como fetiche

Bruno Yutaka Saito

Os fãs de "Crepúsculo" vão corar ao ver "Sede de Sangue". Se a dupla Edward e Bella vive num mundo romântico e asséptico, esse filme de Park Chan-wook chafurda em sangue, perversão e sexo -melhor assim, já que o arquétipo de vampiro volta ao seu habitat.

Mas, aqui, há um motivo forte para o protagonista ser celibatário. Ele é um padre (Song Kang-ho) infectado e morto por um vírus mortal ao se voluntariar para a criação de uma vacina. Milagrosamente, retorna à vida quando recebe transfusão de sangue de... vampiro.

Esta é, portanto, a ousadia do filme, ao condensar no mes mo personagem o bem e o mal. Logo, o padre enfrentará inúmeros dilemas morais. Afinal, para sobreviver, ele precisará matar e, se não matar, é como se cometesse suicídio. Mais dilemas surgem quando instintos sexuais começam a dominá-lo.

O diretor, no entanto, está mais interessado na questão da vingança, que o tornou um dos prediletos das plateias ocidentais. Repete problemas que já estavam em "Oldboy" (2003) e "Lady Vingança" (2005), que usam a violência como fetiche, em cenas que são cúmplices, e não críticas, do sofrimento alheio.

Não recomendado para menores de 18 anos.

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