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DE SÃO PAULO
Guia da Folha
 

DE 2 A 8 DE OUTUBRO DE 2009

 

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CINEMA

Salve Geral

Produção explora ataques do PCC em maio de 2006

Rafael Balsemão

Um dos filmes brasileiros mais aguardados de 2009, "Salve Geral" estreia hoje em 47 salas da capital, turbinado pela escolha do Ministério da Cultura para representar o Brasil na disputa a uma indicação de melhor filme estrangeiro no Oscar 2010.

Com direção de Sérgio Rezende ("Guerra de Canudos" e "Zuzu Angel"), o longa teve orçamento de R$ 9 milhões e possui um elenco afiado.

A produção acompanha o drama da professora de piano Lúcia (Andréa Beltrão), viúva de classe média que quer tirar da prisão o filho, Rafael (Lee Thalor), condenado por homicídio.

Em uma de suas visitas ao presídio, ela conhece Ruiva (interpretada pela ótima Denise Weinberg), advogada de um dos líderes de uma facção criminosa, o Partido, com quem acaba se envolvendo.

Baseado na onda de terror gerada pelo PCC em maio de 2006 na metrópole, o filme perdeu a oportunidade de explorar os fatos como eles mereciam e acaba tangenciando o drama vivido pelos moradores de São Paulo.

O diretor prefere focar na relação entre a mãe e seu filho. "Não sou jornalista. Nossa matéria é a poesia, a ficção", justifica Rezende.

As 11 semanas de filmagem ocorreram em Paulínia e Campinas, no interior do Estado, e no Rio de Janeiro, além da capital, a quem o diretor agradece. "Esse filme deve loucamente a São Paulo."

Não recomendado para menores de 16 anos. Salas

Lee Thalor
Ator de teatro se destaca


Grande parte dos atores de "Salve Geral" foi recrutada da cena teatral paulistana. Entre eles, está Lee Thalor, 25, a revelação do bom elenco.

Em cartaz no teatro com peça "A Falecida Vapt-Vupt", de Antunes Filho, Thalor deixou Goiânia aos 18 anos para estudar artes cênicas na USP.

Em 2004, entrou para o CPT (Centro de Pesquisa Teatral), dirigido por Antunes Filho, onde hoje também dá aulas.

O trabalho com Sérgio Rezende é a sua primeira empreitada no cinema. "Já havia sido convidado para outros filmes, mas nunca aceitei. É muito difícil abrir mão do que faço no Antunes", explica o ator. "O que me chamou a atenção no roteiro do longa foi a relação dessa mãe "Andréa Beltrão" com seu filho."

Na preparação para o papel, Lee foi a presídios, onde observou o cotidiano dos detentos e conversou com carcereiros que presenciaram as rebeliões do PCC. Também leu a biografia de Ayrton Senna e fez aulas de direção -Rafa, seu personagem, é fã do piloto e "fera" no volante.

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