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DE SÃO PAULO
Guia da Folha
 

DE 20 A 26 DE ABRIL DE 2007

 

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CINEMA

Vermelho como o Céu

Drama italiano é conduzido com sobriedade

Sérgio Rizzo

Prêmios de público tendem a contemplar -desde que a platéia votante não reúna majoritariamente amigos do diretor- filmes de rápida e intensa comunicação com o espectador, arrebatado ao final pela sensação de que a experiência valeu a pena.

O raciocínio se aplica a "Vermelho como o Céu", que obteve o prêmio do público para longas estrangeiros na Mostra Internacional de Cinema, em 2006. Para aumentar a empatia, é baseado na história verídica de Mirco Mencacci, que perdeu a visão na infância, devido a um acidente doméstico, e se profissionalizou como editor de som.

"O olho (em geral) superficial, o ouvido profundo e inventi vo", diz o cineasta francês Robert Bresson (1907-1999) em "Notas sobre o Cinematógrafo". "O apito de uma locomotiva imprime em nós a visão de toda uma estação de trem", exemplifica. "Vermelho como o Céu" explora idéia semelhante, ao sublinhar o significado especial que a descoberta de um gravador adquire para o protagonista (Luca Capriotti).

O terceiro longa de ficção de Cristiano Bortone foi escrito com a ajuda do próprio Mirco, mas, embora o universo de crianças cegas seja naturalmente propício à emoção, lida de maneira sóbria com as tentações sentimentais e celebra a vida sem traí-la.
Capa

Concertos

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Exposições

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