![]() |
O ROTEIRO MAIS COMPLETO DE SÃO PAULO |
![]() |
DE 21 A 27 DE DEZEMBRO DE 2007 |
|
CINEMAO Amor nos Tempos do Cólera Obra de Márquez gera equívoco exóticoChristian Petermann O cineasta inglês Mike Newell, na transposição às telas de "O Amor nos Tempos do Cólera", obra do prêmio Nobel Gabriel García Márquez, cai na mesma armadilha de tantos outros: mergulha num universo cultural que desconhece, opta por um elenco multinacional com diferentes sotaques e comete um equívoco exótico. Com o agravante de apresentar terríveis maquiagens de envelhecimento, já que a história avança por cinco décadas.Newell é um diretor irregular, que mostrou serviço em filmes como "Dançando com um Estranho" (85), "Quatro Casamentos e um Funeral" (94) e "Donnie Brasco" (97). Aqui, ele escorrega num melodrama que soa falso. O maior prejudicado é o espanhol Javier Bardem (presente em outra estréia da semana, "Sombras de Goya"), que tem sua pior interpretação como Florentino Ariza quando adulto. O ator traduz o tom de desencontro que caracteriza toda a obra. Até Fernanda Montenegro, como a mãe de Ariza, está perdida, mesmo com seu melhor inglês. O ritmo pesaroso do roteiro de Ronald Harwood (Oscar por "O Pianista") agrava o desinteresse por essa pálida tradução de Márquez. |
|
Copyright Folha Online. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folha Online. |