CINEMA

O Despertar de uma Paixão

Drama de época traz atores bem sintonizados

Sérgio Rizzo

O amor pode percorrer caminhos tortuosos e obscuros, sugere a trama romântica de "O Despertar de uma Paixão", baseado no romance "O Véu Pintado", do britânico William Somerset Maugham (1874-1965). Longuíssima estrada, neste caso: os protagonistas precisam ir de Londres a Xangai e, depois, até o interior da China para descobrir o que realmente sentem um pelo outro.

No início da década de 1920, uma jovem frívola que ameaça ficar para titia (Naomi Watts) é cortejada por um bacteriologista (Edward Norton) que trabalha em um laboratório do governo britâni co na China. O desejo de um e a necessidade da outra levam ao casamento, que enfrenta turbulências decorrentes da vida em um país distante, onde os ingleses são tratados como imperialistas pelos nacionalistas chineses.

Para complicar o cenário, entram em cena um diplomata sedutor (Liev Schreiber) e, mais tarde, uma epidemia de cólera, que força o jovem médico a adquirir experiência na marra. Bem sintonizados com os personagens, Norton e Watts produzem esse drama de época um tanto amargo, primeiro projeto ambicioso do diretor John Curran.