EXPOSIÇÕES

Dez Dias de Arte Conceitual

Exposição faz curtíssima carreira no MAM

Pedro Ivo Dubra

Seria exagero dizer que se trata de dez dias de abalar o mundo, como os da Revolução Russa descritos pelo livro de John Reed. De qualquer forma, é bom correr, pois é esse o curto prazo da exposição que o Museu de Arte Moderna (MAM) inaugura nesta quinta-feira (dia 28).

"Dez Dias de Arte Conceitual no Acervo do MAM" aproveita-se de uma brecha no cronograma do museu e agrupa obras doadas pelo argentino Léon Ferrari -15 plantas e 15 offsets-, além de uma doação anônima de trabalhos de arte postal brasileira dos anos 70. Felipe Chaimovich é o curador. Podem ser vistas ainda criações de Paulo Bruscky, Chelpa Ferro e Rosângela Rennó, entre outros artistas.

O mote da coletiva é a arte conceitual, na qual, grosso modo, os meandros do "processo" sobressaem em detrimento do resultado final plástico da obra. "A idéia de "arte conceitual' é um dos grandes pepinos da arte contemporânea, não existe consenso de definição. Podemos dizer que ela cresce muito no pós-guerra, ainda que esteja conectada a uma tradição de cinco séculos de desenho como concepção intelectual", afirma Chaimovich.

MAM - Parque Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/ nº, portão 3, Parque Ibirapuera, tel. 5085-1300). Ter. a dom.: 10h às 18h. Abertura 28/6. Até 8/7. Ingr.: R$ 5,50. A D I V