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DE SÃO PAULO
Guia da Folha
 

DE 27 DE JULHO A 2 DE AGOSTO DE 2007

 

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CINEMA

Bobby

Apesar do elenco estelar, filme não convence

Ricardo Calil

Em sua estratégia política, "Bobby", do ator-diretor Emilio Estevez, lembra "Boa Noite e Boa Sorte" (2005), de George Clooney. O filme resgata uma figura venerável do passado americano para fazer um contraponto crítico ao presente do governo Bush. No lugar do jornalista Edward Murrow, entra o senador Robert F. Kennedy -irmão de John, assassinado em 1968.

Na narrativa, porém, "Bobby" se parece com os filmes-mosaico de Robert Altman. Com um dos elencos mais estelares da história do cinema, o filme acompanha 22 personagens que passaram pelo hotel de Los Angeles onde o senador foi morto: há o gerente (William Macy), a cabe leireira (Sharon Stone), o ex-porteiro (Anthony Hopkins), uma cantora (Demi Moore), uma noiva (Lindsay Lohan)...

Mas Estevez não é um narrador à altura de Altman. O diretor não desenvolve a contento os conflitos da maioria de seus personagens- e seu ambicioso painel resulta superficial. Pior: ele não consegue ser tão bem-sucedido quanto Clooney na metáfora política. Seu paralelo entre passado e presente é didático e maniqueísta em demasia. Para demonizar Bush filho, ele santifica Bobby Kennedy -o que é defensável do ponto de vista ideológico, mas pouco interessante em termos dramatúrgicos.
Capa

Cinema

Os bastidores do assassinato de Bob Kennedy são o tema de "Bobby", com Anthony Hopkins

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