![]() |
O ROTEIRO MAIS COMPLETO DE SÃO PAULO |
![]() |
DE 30 JULHO A 5 DE AGOSTO DE 2010 |
|
CINEMACRÍTICA Uma Noite em 67 Longa recupera momento de ebulição do paísCássio Starling Carlos Chover no molhado. A expressão depreciativa parece ameaçar o projeto de "Uma Noite em 67". O documentário, bem-sucedido longa de estreia de Renato Terra e Ricardo Calil, funde material de arquivo e entrevistas, ambos focados na final do 3º Festival de Música Popular Brasileira da TV Record, de 1967.No mesmo palco, Chico Buarque e o MPB4, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Os Mutantes, Edu Lobo, Roberto Carlos e Sérgio Ricardo se revezavam na competição pelo prêmio de melhor canção. Uma história rica não apenas pelos nomes em jogo, pois nela também se encarnam os embates estéticos e éticos de um país em ebulição, enredado na dialética entre modernidade cultural e reacionarismo. São imagens, canções e histórias, no entanto, arquirreproduzidas pela TV em mais de quatro décadas, o que de certo modo as condena a se tornarem clichês da nostalgia. Apesar disso, "Uma Noite em 67" faz uso eloquente das entrevistas, nas quais se põe em dúvida o efeito sagrado guardado nas imagens. Nelas, os grandes nomes se referem ao que foi como tempo perdido, relatam a experiência de envelhecer, colocam em pauta a superação e o esquecimento. Assim, a realização liberta-se do risco de ser apenas refém da memória. Livre. |
|
Copyright Folha Online. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folha Online. |