CRIANÇA

Um Patinho Feio

Conto de Andersen continua contemporâneo

Gabriela Romeu

A questão da aceitação da diferença é o mote do espetáculo "Um Patinho Feio", do Teatro Natïo, com direção musical de GPetean e direção musical de Pedro Paulo Bogossian.

Esqueça, no entanto, a tradicional história da avezinha cinza que enfrenta a rejeição até daquela que chocou seu ovo, diferente dos demais. Nesta adaptação, Kiko (Eduardo Silva) já sabe que é cisne, mas a ave de "pernas curtas" continua se lamentando por não ser aceita por todos da floresta.

A montagem que mostra o quão contemporâneo é o conto sobre a busca por um lugar no mundo, narrado por Hans Christian Andersen no século 19, é marcada por al tos e baixos.

O samba em homenagem à garça à la Gisele Bündchen, de pernas compridas, por exemplo, é contagiante entre outras cenas que carecem de ritmo. Boas canções, aliás, permeiam todo o musical.

E talvez o momento de destaque seja, ironicamente, aquele em que a tia Cegonha, imbatível na interpretação de Carol Badra, canta a história do Patinho Feio, fazendo as vezes e as vozes de todos os personagens.

Alfa - sala B (r. Bento Branco de Andrade Filho, 722, Jardim Dom Bosco, tel. 5693-4000). 200 lugares. Sáb. e dom.: 17h30. Até 17/6. 50 min. Ingr.: R$ 10 (p/ menores de 12 anos) e R$ 20. A partir de quatro anos. CC: AE, D, M e V. Valet (R$ 18). A D T

Avaliação: regular.