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estudar para empreender

Diretor de marketing deixa escritório e vira nômade digital

"Qual é o seu propósito de vida?" Essa pergunta desestabilizou Ian Borges, 32, há quatro anos, em um treinamento na L'Oréal, onde trabalhava como diretor de comunicação e marketing digital.

Embora se identificasse com a parte criativa do trabalho, Ian sentia um desconforto com a rotina. A ideia de ter um horário mais flexível e poder trabalhar de qualquer parte do mundo foi se tornando cada vez mais atraente.

Daí a pedir demissão, contudo, ele precisou de um ano. Antes, embarcou no que chama de jornada de autoconhecimento, que envolveu meditação, coaching e viagens. "Se você tem dúvida sobre a mudança, pode tirar um mês de férias e viver a rotina que gostaria para ver como se sai."

O saldo bancário também pesou. "Fiz uma simulação de custo de vida mensal, cortando supérfluos, e estabeleci uma reserva de 18 meses."

Mudou de fato após um primo comentar que estava procurando um profissional de marketing para fazer um trabalho remoto com o empresário Ricardo Semler.

Ian se tornou sócio de Semler e, em 2016, lançaram a Leadwise, empresa de cursos online. Também virou coach e criou a Lifestyle Hacking, que ajuda pessoas a ganhar dinheiro fazendo o que gostam. Hoje, esse negócio tem faturamento de R$ 300 mil anuais.

A cada quatro meses viajando, ele passa um no Rio. Desde a demissão, visitou 63 países.

O empresário diz trabalhar uma média de dez horas ao dia. Para dar conta da vida de nômade digital, precisa adaptar os horários ao fuso local e ter um bom pacote de dados.

Para quem quer empreender, sua dica é encontrar um projeto em que acredita. "Só assim você consegue ter resiliência diante dos problemas."

"A gente tem medo de sair da zona de conforto, de ficar sem grana, de não conseguir voltar para o mercado. Mas quando inicia esse processo, depois sente orgulho."

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