São quase 73 m² e infinitas possibilidades de organização. Fernando Carvalho, 38, acha importante manter a privacidade do quarto, Cristiane Bellato, 50, gosta do conceito totalmente aberto, Daniel de Oliveira, 31, faz questão de um espaço para relaxar.
Em comum entre os três há o CEP, todos moram no MaxHaus Vila Olimpia, na zona sul de São Paulo, e a certeza de que a casa deve ser um refúgio das pressões diárias.
Bruno Santos/Folhapress | ||
Apartamento da economista Cristiane Bellato, na Vila Olímpia, Zona Oeste de São Paulo |
"A gente já leva uma vida tão corrida e cansativa, é gostoso chegar em casa e ter um ambiente acolhedor", diz Carvalho, farmacêutico.
Ele morava em Moema, também na zona sul, há seis anos e queria sair do aluguel. Foi atraído pelo estilo moderno do empreendimento.
A MaxHaus trabalha com um conceito de "planta livre", em que o próprio morador define onde (e se quer) colocar paredes.
No caso de Carvalho, um painel de madeira ebanizada que vai do chão ao teto separa a área social do quarto.
"Recebo amigos e minha mãe, que mora em Minas, por isso era importante conferir privacidade ao dormitório", afirma Carvalho.
A TV fica acoplada a esse painel, que tem ainda duas portas pivotantes: uma para o quarto, e outra que leva ao banheiro. Assim, diz o morador, quando tem visitas, é possível fechar a porta do quarto, mas manter o banheiro acessível a todos.
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Apartamento do farmacêutico Fernando Carvalho na Vila Olímpia, reformado para manter a privacidade |
A parede oposta ao painel foi revestida com espelhos para ampliar o ambiente e conferir leveza à paleta de tons fortes. O investimento na reforma ficou em cerca de R$ 150 mil.
Dois andares acima, a economista Cristiane Bellato e seu marido, Sérgio, preferiram um apartamento totalmente integrado.
"Talvez, mais pra frente, até sinta necessidade de colocar uma divisória entre a sala e o quarto, mas, por enquanto, estamos achando divertida essa integração."
Bellato manteve boa parte da planta original do imóvel, que tem formato de "U".
Ela fechou apenas uma porta ao lado do banheiro e transferiu a sala de jantar para a varanda.
"Adoramos a hora de jantar, tínhamos que escolher um canto especial, e com essa vista tão bonita, achei um desperdício fazer uma área de serviço nela", diz.
O pôster amarelo da Louis Vuitton que fica na varanda foi o ponto de partida para o resto da decoração -neutra, com toques de dourado.
O piso de cimento queimado foi substituído por um vinílico com visual de madeira envelhecida.
Até o momento, Bellato diz ter gasto R$ 120 mil com a personalização do imóvel.
DESCOMPRESSÃO
O analista contábil Daniel de Oliveira também prefere ambientes amplos e abertos. "Já basta passar o dia todo fechado no escritório. Para a casa quis trazer um pouco de liberdade", conta.
Com uma reforma que custou R$ 90 mil, Oliveira e sua mulher conseguiram fazer da varanda um "cantinho da descompressão". Para ela, um ofurô. Para ele, uma churrasqueira a gás. E para os cachorrinhos, que habitam o terraço, um pufe gigante.
Eles também dividiram o quarto e a sala, mas com uma estrutura de madeira com porta de correr. Dependendo da necessidade, é possível abrir ou fechar o cômodo.
Com uma cozinha comprida, foi possível instalar duas bancadas. Uma é amarela, e a outra vai da entrada até a porta de vidro da varanda.
A pequena sala de janta foi acomodada na "antessala", próxima à estrutura de concreto. Uma mesa extensível garante a multiplicação do espaço.
Na decoração, o cinza predomina, mas há toques de cor, como na geladeira vermelha no bar da sala, onde Oliveira também expõe sua coleção de cachaças.