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Grande São Paulo

Osasco recebe paulistanos da zona oeste que querem pagar menos

A oportunidade de morar em um bairro de alto padrão, próximo à marginal Pinheiros e pagando menos do que em São Paulo é o que atrai paulistanos a empreendimentos construídos na divisa de Osasco com a capital.

A cidade recebeu 13.690 apartamentos novos nos últimos três anos, segundo a consultoria Geoimovel, e é a recordista em número de lançamentos na região da Grande São Paulo que ficou conhecida no mercado como "ABCDOG" (Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Osasco e Guarulhos).

Katia Kuwabara/Folhapress
Vista da área de lazer do edifício Valência Max, na Vila Yara, em Osasco

Mesmo em bairros como Adalgisa, Presidente Altino, Industrial Autonomistas e Vila Yara, que têm o metro quadrado mais alto de Osasco (podendo chegar a R$ 9.900), o valor ainda é mais baixo se comparado à zona oeste de São Paulo, a mais próxima da cidade, com preço médio de cerca de R$ 13 mil/m².

"Eu trabalho em Pinheiros. Se fosse morar lá perto, teria que pagar praticamente o dobro por um apartamento parecido com o meu. Apesar do trânsito para sair de Osasco todo dia, ainda prefiro viver aqui", afirma a analista sênior de comunicação Paula Dourado, 31, que tem um apartamento na Vila Yara, na divisa com a capital paulista.

No Valência Max, que fica na Vila Yara e foi entregue em setembro, o metro quadrado custa a partir de R$ 6.200. O prédio tem imóveis de 84 m² e atrai pela proximidade com a marginal Pinheiros e as opções de transporte público.

"Temos muitos compradores que moravam em bairros como Butantã e Lapa, relativamente próximos a Osasco, e resolveram se mudar porque o preço é mais atrativo. Aqui temos muitos serviços e acesso rápido a São Paulo. Quase 50% dos clientes são de fora da cidade", diz Marcel Malagueta, da Concel Construções, responsável pelo empreendimento.

No Adalgisa, considerado o "Morumbi de Osasco" por suas ruas arborizadas e casas de alto padrão, a Gafisa lançou o Ristretto. O empreendimento tem unidades de 82 e 109 metros quadrados. A entrega está prevista para maio de 2017, e os imóveis custam a partir de R$ 700 mil.

"O prédio fica dentro de outro complexo, o Lorian Boulevard. Seguimos os moldes de condomínios americanos, com ruas e calçadas largas. A segurança é reforçada. Para entrar no Ristretto, a pessoa terá que passar primeiro pela portaria do Lorian e depois pela recepção do próprio prédio", afirma Octávio Flores, da Gafisa.

MUDANÇA DE PERFIL

Antes tomado por fábricas, o Industrial Autonomistas é o bairro que mais recebeu novos prédios nos últimos três anos. Espaço para construir e proximidade com a "superquadra" de Osasco, como é chamada a região que abriga dois shoppings e supermercados, estão entre as razões que atraíram construtoras a partir de 2010.

O Piscine Home Resort, da Incorporadora Gamaro, é um exemplo. Com área total de 13.199 m² que inclui piscinas, toboáguas e dois campos de futebol, o empreendimento tem três torres com apartamentos de 40 m² a 78 m². A entrega está marcada para o fim de 2017, e o metro quadrado custa a partir de R$ 6.500.

"A cara do bairro mudou muito com a chegada dos novos empreendimentos. Também é bem próximo de São Paulo. No Piscine, por exemplo, o muro já fica dentro de um bairro de São Paulo", diz Vinicius Amato, da Gamaro.

A hoteleira Carolina Hachiro de Santi, 33, comprou apartamento no Urbano Armenian, no bairro de Presidente Altino. A região de classe média teve influência de imigrantes armênios e italianos e é procurada por ficar perto de estações da CPTM e de serviços.

"Moro no Jabaquara (zona sul) e trabalho na zona oeste. Quando fui procurar um imóvel em São Paulo, vi que não acharia nada pelo mesmo preço com duas vagas de garagem. E o centro de Osasco é bem variado para compras", afirma.

O prédio, a 300 metros da estação Osasco da CPTM, será entregue em 2018 e já tem 95% das unidades vendidas, por a partir de R$ 5.800/m².

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