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novos jeitos de morar

Sistema permite controlar iluminação e climatização de imóvel por celular

Controlar sistemas de iluminação, vigilância e até as cortinas e eletrônicos a distância tem se tornado realidade em empreendimentos de alto padrão de São Paulo.

"Hoje você pode ter uma sincronia entre seu carro, seu smartphone, seu tablet e sua casa. Pode programar a climatização do ar para quando chegar em casa. Você conversa com sua casa e ela conversa com você", afirma José Roberto Muratori, 62, diretor executivo da Associação Brasileira de Automação Residencial e Predial.

A automação integra som, luz, vídeo, climatização, persianas e fechaduras em um único sistema, que é controlado por celular, tablet ou computador.

Segundo Muratori, grande parte das construtoras de empreendimentos de alto padrão já oferecem um tipo de infraestrutura que permite que morador instale um sistema de automação sem precisar quebrar paredes.

"O fabricante da cortina não é o mesmo do ar, que não é o mesmo da iluminação, então não adianta ter os equipamentos mais avançados se eles não estão integrados em um mesmo sistema", afirma.

A empresa Imagic Multimídia trabalha há 12 anos com automação residencial para casas e apartamentos de alto padrão.

"Você pode fazer uma iluminação de balada num pistar de olhos, colocar uma música especial para sua mulher já no hall de entrada, escolher quem entra em cada ambiente da casa ou ouvir o noticiário logo de manhã no banho", exemplifica Glória Kaede, 50, da Imagic.

Segundo Kaede, idosos e pessoas com deficiência também se beneficiam desse tipo de sistema integrado.

"O conceito de automação está mudando. Antigamente, quem buscava esses sistemas queria mostrar para o vizinho, para o cunhado. Hoje é uma questão de sustentabilidade", diz Pedro Braida, 50, diretor da Flex Automation, que atua no setor.

Braida cita o exemplo do "consumo vampiro", expressão que usada para descrever o modo stand by dos equipamentos de uma casa, que representam de 15% a 30% do consumo de energia. Alguns sistemas de automação podem ser programados para identificar e reduzir esses gastos,como, por exemplo, desligar as tomadas da casa quando o dono está fora e baratear a conta de luz.

Luís Dávila/Vila Imagem
Apartamento decorado do empreendimento Helen, da construtora Porte, no Tatuapé, na zona leste de São Paulo
Apartamento decorado do empreendimento Helen, da construtora Porte, no Tatuapé, na zona leste de São Paulo

Outra mudança recente é a aposentadoria do controle remoro. "Quase todos os nossos clientes usam celulares ou tablets para controlar a casa", afirma Braida.

A automação, segundo ele, também não é mais um item exclusivo de apartamentos de alto padrão. "Se você tem um apartamento de R$ 500 mil, gastar de R$ 8.000 a R$ 10 mil para automatizar já não é tão absurdo. E o equipamento pode se pagar em dois, três ou quatro anos, dependendo do uso", diz o diretor.

A construtora Porte entrega, desde 2010, seus empreendimentos automatizados.

Um mais recente é o edifício Helen, no bairro do Tatuapé, que será entregue em julho de 2018, com todos os andares automatizados -o que inclui fechaduras com senhas, rede wi-fi, sistema de iluminação e temperatura instalados, persianas motorizadas, espelho antiembaçante e um sistema de aspiração de pó central.

O edifício tem 37 andares, plantas de 374 metros quadrados e custo médio de R$ 5,7 milhões.

O próximo empreendimento da Porte, na mesma rua, é o edifício Figueira, com 50 andares, todos automatizados.

Os imóveis de 337 metros quadrados incluem leitura biométrica no elevador e custam em torno de R$ 5,2 milhões.

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