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Casacor 2018

Agora é hora de plantas nativas, fáceis de cuidar e sem frescuras

Só não tem planta em casa quem não quer. É a mensagem que paisagistas da Casacor passam neste ano, destacando espécies nativas integradas à casa, adaptáveis a qualquer espaço e de manutenção fácil até para quem nunca cuidou de um cacto.

Roberto Riscala apresenta no evento o que chama de jardim para a geração de sua filha. Ela tem 25 anos e considera ter plantas em casa muito trabalhoso, segundo o pai. "Você pode ter o verde sem grama ou um jardim tradicional", diz o paisagista.

Mesmo com um espaço pequeno é possível ter um pomar em casa, afirma. Em frente a uma parede com pequenos vasos pendurados (pode ser um ou um monte), ele mostra árvores em versões bonsai que dão pitanga, jabuticaba, goiaba, romã e araçá.

Outra solução para lares apertados é uma orquídea aérea, que dispensa vasos e pode ser pendurada em hastes.

Além de práticas, as plantas que não são só enfeite, mas também comestíveis, estão em alta. A arquiteta Paola Ribeiro colocou um limoeiro em sua sala e, para a cozinha, escolheu uma mesa com espaço para vasinhos de temperos.

Já as plantas alimentícias não convencionais —chamadas de pancs— como ora-pro-nóbis, capuchinha, amor-perfeito, dente-de-leão, cravina e hibisco compõem, por exemplo, os jardins de Roberto Riscala e Felipe Stracci.

"Coloquei as pancs em vasos para romper um estigma. As pessoas veem no canteiro e acham que é praga", diz Stracci. São espécies fáceis de cuidar, afirma. "Planta é planta: precisa regar e dar atenção".

Nesta edição da Casacor, com o tema "casa viva", arquitetos e paisagistas optaram por integrar ao máximo plantas e casa. No espaço projetado por Paola Ribeiro, por exemplo, há três flamboyants –um deles no meio da sala.

Alex Hanazaki, responsável pelo paisagismo, explorou os galhos das árvores, onde colocou bromélias. "Como se elas tivessem nascido ali. Fizemos um colar de samambaias. A ideia era deixar uma coisa tropical, nativa", diz Ribeiro.

Alexandre Furcolin também se aproveitou das espécies nativas. "Não mexemos em nada que já existia, a construção abraça as árvores e fizemos passarelas flutuando sobre o jardim", conta. Essas passarelas, feitas de vidros e gradis pelos quais se vê a folhagem, colocam as plantas em evidência.

Já o paisagista Mauro Contesini manteve as samambaias que cresciam ali e lavou as paredes para destacá-las. Para cobrir os canos de uma caixa d'água, fez uma parede verde. Escolher as plantas certas para o local e sua necessidade, afirma, é essencial.

O chifre-de-veado –usado para cobrir uma janela— foi colocado numa área em que não bate sol, para não queimar. Já onde há luz, pôs viburno, planta verde escura de folhas brilhantes.

Mesmo apenas com folhas é possível brincar com as cores e texturas. A dionela, por exemplo, é verde e branca e contrasta com o viburno. O cacto rabo de macaco e a palmeira fênix, escultóricos, são combinados com a nandina, arbusto de folha rendada.

Jardim de sol pleno também pode ser de fácil cuidado com as plantas certas. A praça da Casacor, feita por Catê Poli e João Jadão, muito iluminada, tem as nativas cerejeira-do-rio-grande e jabuticabeira acompanhadas de samambaias, clúsias e moreias.

"A ideia era ter um jardim que ficasse superverde. Você não tem que trocar nada, não tem dor de cabeça. As plantas não sofrem", afirma Poli.

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