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Flores artificiais ficam mais realistas e dividem designers; saiba como usar

As flores artificiais evoluíram e mudaram até de nome. Agora chamadas de permanentes, migraram das lojinhas de R$ 1,99 para butiques elegantes e espaçosas, como a recém-inaugurada Q Flor, no bairro de Pinheiros (zona oeste de São Paulo), e a K&D, na Vila Nova Conceição (zona sul), frequentadas indistintamente por clientes finais, designers e arquitetos.

Para Renato Orensztejn, presidente da ABCasa (associação que reúne fabricantes de artigos de decoração e utilidades domésticas), a melhora do acabamento desse tipo de produto foi fator determinante na alavancagem do setor nos últimos dez anos.

"É um segmento gigante e muito sortido. Hoje temos perto de cem grandes atacadistas", diz Orensztejn. Dos 400 expositores da feira anual organizada pela associação, cerca de 15% são importadores de flores artificiais.

A qualidade de algumas espécies impressiona até especialistas na área. Caso do florista Vic Meirelles, que era totalmente contra esse tipo de produto, mas acabou se rendendo depois de usar amarílis permanentes em um casamento há cerca de dez anos —a flor natural é muito delicada e difícil de manusear.

Hoje, não tem nenhum pudor de incluí-las em seus projetos. "Gosto de misturar com as naturais, e uso muito também em jardins suspensos e arranjos aéreos", diz.

Para o designer de interiores Bruno Carvalho, as permanentes são uma saída para quem não tem luz e ventilação suficientes.

"Hoje essas flores ocupam um espaço diferente no mercado. Elas estão mais reais e bem mais caras. Por isso é preciso escolher com cuidado, levando em conta que elas vão fazer parte da decoração por bastante tempo", diz Carvalho.

Alguns especialistas ainda são contra a troca das naturais pelas artificiais. "A gente tem tantas opções de flores e plantas fáceis de cuidar que não tem porque usar artificiais", diz a paisagista Clariça Lima.

"Nada se compara a uma planta natural, que tem vida, troca energia com a casa, com o dono... As pessoas precisam de contato com a natureza."

E dá a dica: bromélias, renda portuguesa, avenca, espada-de-são-jorge, dinheiro-em-penca e rosa-do-deserto exigem poucos cuidados e se adaptam bem a ambientes pouco iluminados.

Mas a paisagista abre uma exceção. "A pessoa tem um escritório que não tem iluminação e usa ar-condicionado o tempo todo? Aí cabe uma flor permanente".

Saiba como montar seu arranjo

O arquiteto Bruno Carvalho e o florista Vic Meirelles dividem seus truques na hora de montar arranjos com plantas e flores permanentes:

-Evite mistura de flores. Use no máximo dois tipos de flor por vaso

-Já folhagens, galhos e bambus estão liberados. Vale misturar mais de um tom ou usar todos da mesma cor

-Quer um arranjo à prova de erro? Vá de suculentas. Misture vários tipos em um só vaso, com ou sem cáctus

-Passe um pano úmido pelo menos uma vez por semana para evitar que o pó se acumule

-Não use água nos vasos. No lugar, coloque musgo natural ou forre com folhagens como costela-de-adão

Preços pesquisados em São Paulo. Sites: Divino Espaço (divinoespaco.com.br); Flórida (floridadecoracoes.com.br); K&D (kedideiaslegais.com.br); L'Oeil (loeil.com.br); Q Flor (goo.gl/sXnVSB); Tok&Stok (tokstok.com.br)

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