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Hyundai entra na briga de jipinhos com o novo Creta

Duas coisas têm sido garantia de sucesso para um carro no mercado nacional: ter a letra "H" na grade ou ser um utilitário compacto. Quando se juntam esses elementos, as chances de êxito parecem dobrar.

Foi assim com o Honda HR-V, líder entre os jipinhos. O fenômeno deve se repetir em breve com o Hyundai Creta. O modelo produzido em Piracicaba (a 160 quilômetros de São Paulo) chega às lojas em janeiro por R$ 73 mil na versão Attitude 1.6 (130 cv) com câmbio manual.

O motor 1.6 flex também pode ser associado à caixa automática na opção Pulse (R$ 85.240). Essa transmissão é a única disponível nas configurações 2.0 (166 cv), que partem de R$ 92,5 mil.

A central multimídia é exclusiva da versão mais cara Prestige (R$ 99,5 mil), e aí há uma contradição. "Cada vez mais o consumidor demanda multimídia. Ele compra o recurso e por acaso leva o carro junto", diz Rodolfo Stopa, gerente de produto da empresa. Nas outras configurações, a simplicidade do rádio remete aos anos 1990.

A semelhança com o HB20 sugere que o Creta seja feito a partir do compacto da Hyundai. Contudo, a plataforma do SUV é a mesma usada no sedã médio Elantra.

As vantagens são notórias: há espaço interno suficiente para evitar braços se esbarrando na frente e pernas espremidas na fileira de trás, além de um porta-malas com 431 litros de capacidade.

O motorista vai bem posicionado ao volante, mas percebe que o acabamento é de carro de entrada. Há plásticos duros, sem refinamento.

Os números de potência e torque dos motores sugerem uma diferença de desempenho que não se traduz na prática. Após um percurso de aproximadamente 50 quilômetros, há mais dúvidas sobre a razão de existir o 2.0 do que insatisfação com o 1.6. Em ambos, as trocas da transmissão automática de seis velocidades são suaves.

Se itens de segurança forem prioridades para o comprador, o Creta merece elogios por oferecer controles de estabilidade e tração a partir da versão Pulse, além de sistema Isofix para a colocação de assentos infantis. A versão Prestige tem seis airbags.

Mas há um deslize: quem olhar para o miolo das rodas traseiras verá que os freios são a tambor. O ideal seria que fossem a disco, sistema mais eficiente.

O pacote de equipamentos traz ar-condicionado e direção com assistência elétrica em todas as versões do Creta. O top de linha Prestige vem com bancos de couro marrom. A fartura de itens disponíveis é o principal argumento da Hyundai para levar seu jipinho à liderança do segmento de SUVs em 2017.

"O consumidor está cada vez mais exigente e disposto a mudar de marca para encontrar o que busca", afirma Stopa. A ver.

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