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Salão de Tóquio exibe carros-conceito com foco na diversão do motorista

"Desenvolvemos novas tecnologias, mas nunca devemos esquecer qual é o propósito disso. O automóvel tem que ser divertido, isso ainda não mudou."

A frase, do presidente mundial da Honda, Takahiro Hachigo, dita durante entrevista, resume o que as montadoras japonesas querem passar ao público que visita a edição 2017 do Salão do Automóvel de Tóquio, aberto até o próximo domingo (5).

O que está em mudança é o conceito de diversão, antes ligado apenas ao prazer de dirigir. Na era da eletrificação e dos veículos autônomos, o carro pode fazer o motorista sorrir por meio da interação e aprender os gostos de seus passageiros com o uso da inteligência artificial.

Esse é um dos propósitos do Toyota Concept-i. O protótipo é equipado com leitores faciais e captadores de som que reconhecem a emoção do motorista pelas expressões ou por voz. Segundo o engenheiro da montadora, Kenji Kondo, o carro conseguirá saber se o motorista está feliz, irritado ou cansado.

O sistema do Concept-i começará a ser testado nas ruas em 2020. O primeiro objetivo será reduzir o número de acidentes causados pela falta de concentração ao volante.

Todos os conceitos exibidos em Tóquio são eletrificados. Segundo o presidente da Honda, dois terços dos carros feitos pela empresa terão alguma tecnologia que reduza ou zere a emissão de poluentes.

Esse processo será longo, com grandes diferenças entre os países. Segundo a Toyota, 44% dos seus carros vendidos hoje no Japão são eletrificados (híbridos, 100% elétricos ou alimentados por células de combustível). Nos EUA, esse percentual cai para 10%, e não chega nem a 1% no Brasil, onde o Prius Hybrid custa R$ 126 mil.

O jornalista viajou a convite da Anfavea

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