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Jipinho compacto com porta-malas grande, Tiggo 2 roda bem na cidade

Ao abrir a porta do Chery Tiggo 2, o motorista não vai encontrar nada além do esperado para um jipinho compacto atual. Eis aí sua maior qualidade.

A montadora de origem chinesa consegue superar estigmas do passado ao apresentar um carro com bom acabamento e posição de dirigir correta, bem diferente de seus primeiros tempos no Brasil, quando importou os modelos Cielo e S18.

A segunda fase da montadora no país também começou mal, com a abertura da fábrica em Jacareí (SP) no meio de uma tempestade perfeita: crise no setor automotivo e problemas com o sindicato local.

O Tiggo 2 chega ao terceiro ato com mudanças radicais na estratégia. A marca chinesa agora é associada ao grupo Caoa, que está investindo cerca de R$ 6 bilhões no negócio.

A primeira aparição do carro no Brasil aconteceu no Salão do Automóvel de São Paulo, em 2016. O jipinho da Chery chamou a atenção pelo desenho bem resolvido. Deveria ser lançado no segundo semestre do ano passado, mas as negociações com a empresa brasileira mudaram os planos.

Segundo Henrique Sampaio, gerente de marketing de produto da Caoa Chery, a montadora resolveu esperar até que a união das marcas fosse anunciada e fazer do Tiggo 2 o primeiro modelo da nova fase.
O intervalo serviu também para que fosse feito o ajuste fino do carro no centro de pesquisas da montadora, na cidade goiana de Anápolis.

O novo Chery está entre os menores jipinhos urbanos à venda no país, mas seu porta-malas com 420 litros de capacidade é um dos maiores da categoria.

O espaço no banco traseiro é bom para os ombros e acanhado para as pernas, devido à proximidade dos bancos dianteiros. Já o motorista se acomoda sem dificuldades em um banco com regulagem de altura.

O teste começou por ruas mal asfaltadas no centro de São Paulo. Tampas de bueiro desniveladas e outros obstáculos urbanos foram ultrapassados sem sustos, um ponto positivo da suspensão alta.

O câmbio manual de cinco marchas aproveita bem a força do motor 1.5 flex (115 cv), ajustado para a cidade. Falta uma opção automática, que a montadora promete lançar ainda neste ano.

Como já é tradição entre as marcas chinesas, o preço é um dos principais atrativos do carro. Custa a partir de R$ 60 mil, menos até que o pedido pelos compactos Chevrolet Onix Activ (R$ 61,8 mil) e Hyundai HB20X (R$ 62,3 mil).

O Tiggo 2 é equipado de fábrica com ar-condicionado, direção hidráulica, acionamento elétrico de travas, vidros e retrovisores, sistema de som, rodas de liga leve e computador de bordo.

A versão Act custa R$ 6.500 a mais e oferece controle de estabilidade, teto solar e central multimídia com conexão bluetooth.

Seu maior problema hoje é a escassez de pontos de venda. Há cerca de 40 lojas pelo Brasil, e Sampaio afirma que o plano é abrir mais 25 até o fim do ano.

O executivo diz que as vendas estão dentro das expectativas. Segundo ele, 80 unidades foram comercializadas na primeira semana de maio, mas o carro ainda não havia chegado a todas as lojas.

Com a estreia do Tiggo 2, o compacto Celer deixa de ser produzido. A montadora se dedicará aos utilitários esportivos. Todos se chamarão Tiggo, com variações no tamanho. As versões 4 e 7 chegam ainda em 2018, e o 8, recém-apresentado na China, deve vir em 2019.

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Tiggo 2
Preço a partir de R$ 60 mil
Motor dianteiro, transversal, 4 cilindros, 16 v, flex, 1.496 cm³
Potência 115 cv (e), 110 cv (g) a 6.000 rpm
Torque 14,9 kgfm (e) 13,8 kgfm (g) a 2.700 rpm
Peso 1.240 kg
Porta-malas 420 litros
Aceleração (0 a 100 km/h) 14,32s (e), 14,66 (g)
Consumo urbano 8 km/l (e), 11,1 km/l (g)
Consumo rodoviário 11,5 km/l (e), 16,6 km/l (g)
Comprimento 4,20 metros
Entre-eixos 2,55 metros
Largura 1,76 metro
*Altura*1,57 metro
Tração dianteira

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