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Peugeot 5008 cativa pelo luxo, mas confunde com botões demais

Pedro Bicudo/Divulgação
SAO PAULO, SP, BRASIL, 28.01.18 1h O que vai bombar no Carnaval 2018 nas ruas. Denny Azevedo, 34, e Ricardo Don, 31, artistas, no Academicos do Baixo Augusta. (Foto: Marcus Leoni / Folhapress, COTIDIANO)
O novo Peugeot 5008 tem faróis com luzes de LED nos fachos baixo e alto

Há um ano, o carro mais caro vendido pela Peugeot no Brasil era o 408 Griffe. O sedã só deixava a concessionária caso fosse oferecido um generoso desconto sobre os R$ 98 mil anunciados na tabela. Aí veio o novo utilitário 3008 (R$ 161 mil), e a marca reaprendeu a vender carros de luxo.

O passo seguinte foi a Peugeot lançar a versão maior 5008 (R$ 182 mil), em março. A mecânica, o acabamento e o desenho frontal são os mesmos, mas há mais espaço interno e dois assentos extras instalados no porta-malas.

O motor 1.6 turbo (165 cv) é suficiente para mover o carro de passeio mais pesado da linha Peugeot. Há opções com maior potência na Europa, mas o foco da empresa é o desenvolvimento de alternativas menos poluentes.

"Até 2020, toda a linha terá uma oferta híbrida entre as opções, e em 2025 haverá um modelo 100% elétrico à venda", diz Antoine Gaston-Breton, diretor de marketing do grupo PSA Peugeot-Citroën.

Na pista, o 5008 apresenta bons números de aceleração e retomada, mas nada que chegue perto do mais veloz de seu segmento, o Chevrolet Equinox Premier (R$ 158 mil), que é três segundos mais rápido nas provas de aceleração e retomada. Mérito para o motor 2.0 turbo da GM, de 262 cv.

O ritmo do 5008 é mais urbano. Seu diferencial está na capacidade de transportar famílias numerosas em um ambiente bem cuidado.

A configuração da segunda fileira é de minivan, com assentos removíveis e individuais. Em sua faixa de preço, apenas o monovolume Citroën C4 Grand Picasso (R$ 149,5 mil) oferece tanto espaço para os ocupantes. Ambos são construídos sobre a mesma base, a plataforma EMP2 da PSA.

Se não forem usados, os bancos extras do 5008 podem ser dobrados sem dificuldade. Isso libera todo o espaço do porta-malas, que tem 780 litros de capacidade. É o suficiente para guardar cinco ou seis malas médias.

O motorista se acomoda em um banco com regulagens elétricas, massageador embutido e sistema de aquecimento. Ele enxerga o painel por cima do pequeno volante, exclusividade dos Peugeot modernos.

Na estrada, o conforto se sobrepõe ao prazer de dirigir. Enquanto o 3008 lembra um hatch médio, o 5008 é o que parece: um SUV grande, menos tolerante nas curvas e sensivelmente mais pesado.

Botões se amontoam no console central em uma tentativa de imitar comandos de aviões. Haja tempo para descobrir todas as funções e atenção para não trocar a estação do rádio enquanto se quer apenas reduzir a temperatura no ar-condicionado digital.

O som reproduz a tela de smartphones por meio dos sistemas Apple Carplay e Android Auto. Os grafismos do equipamento combinam com o do quadro digital de instrumentos.

A versão mais cara é equipada com sistema que consegue frear o carro sozinho em caso de emergência. O piloto automático do 5008 Griffe Pack reduz ou aumenta a velocidade por conta própria, acompanhando o ritmo do tráfego.

O item de segurança também está disponível no mais novo concorrente de sete lugares, o Volkswagen Tiguan Allspace R-Line (R$ 182.130).

A Peugeot já reaprendeu a vender carros caros e agora tem de provar que ainda sabe lidar com rivais de alto nível.

*

PEUGEOT 5008 GRIFFE PACK

Preço: R$ 182 mil
Motor: dianteiro, transversal, gasolina, turbo, 1.598 cm³
Potência: 165 cv a 6.000 rpm
Torque: 24,5 kgfm a 1.400 rpm
Transmissão: tração dianteira, câmbio automático de seis marchas
Peso: 1.632 quilos
Porta-malas: 780 litros
Pneus: 235/50 R19
Aceleração (0 a 100 km/h): 10,6s
Retomada (80 a 120 km/h): 7,6s
Consumo urbano: 9,1 km/l
Consumo rodoviário: 14,8 km/l
Comprimento: 4,64 metros
Entre-eixos: 2,84 metros
Largura: 1,84 metro
Altura: 1,64 metro

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