Após 7 milhões de unidades vendidas em 42 anos de produção, a Honda CG 125 deixa de ser fabricada no país. As últimas unidades encontradas nas lojas estão sendo comercializadas por R$ 7.160 nas versões Cargo e Fan.
A montagem em Manaus (AM) foi encerrada no dia 21 de dezembro. A primeira geração da moto (1976) tinha 11 cv de potência e, segundo a fabricante, podia rodar 57 quilômetros gastando somente um litro de gasolina.
A montadora japonesa afirma que o modelo mais simples da linha CG não foi preparado para receber sistemas de freios ABS (que evita o travamento das rodas) ou CBS (distribui parte da força aplicada à roda traseira para a roda da frente).
A partir de 2019, todas as motocicletas produzidas no país precisam trazer ao menos um desses itens de segurança.
Outro motivo para o término da produção é o ganho de escala da opção mais cara CG 160 (a partir de R$ 8.390), A partir de agora, as opções disponíveis terão sempre o motor de 160 cm³ (15,1 cv).
A Honda CG 125 é o veículo mais vendido da história no do Brasil, superando o Fusca (cerca de 3 milhões de unidades comercializadas) e o Gol, que em 2018 chegou a 6,7 milhões de emplacamentos no país. Ambos são da Volkswagen.
A última geração da moto foi lançada em 2013. Na época, suas vendas já estavam em queda: a Honda havia direcionado seus investimentos para as versões mais caras da linha CG, com motores modernos e adequados às normas de emissões de poluentes em vigor no país.
De acordo com a Fenabrave (entidade que representa as distribuidoras de veículos), a CG 125 teve 28,4 mil unidades comercializadas em 2018. A versão 160 vendeu bem mais e fechou o ano com 253,2 mil emplacamentos.
Graças à linha CG, a Honda domina o mercado de motocicletas. A montadora fechou 2018 com 79% de participação, segundo a Fenabrave.