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Presidentes Putin e Hollande virão para a abertura dos Jogos Olímpicos do Rio

Os presidentes Vladimir Putin (Rússia) e François Hollande (França) já indicaram que virão para a cerimônia de abertura da Olimpíada do Rio, que será realizada no dia 5 de agosto.

Esses dois mandatários estão entre os 60 chefes de Estado com presença assegurada na principal solenidade dos Jogos Olímpicos.

Segundo a embaixada da Rússia, em Brasília, Putin ficará no Rio por dois dias. À parte sua presença na cerimônia inaugural, ele também assistirá a alguma sessão esportiva no dia 6 de agosto.

O presidente russo deve optar pelo judô, esporte no qual é faixa preta e habitué como espectador em eventos internacionais.

O comitê organizador do evento e o Ministério das Relações Exteriores acreditam que o número de governantes na solenidade será próximo de cem ao fim das negociações com os países, que ainda está em andamento.

É muito provável ainda que outros líderes de potências europeias estejam na cerimônia, como David Cameron (Reino Unido) e Angela Merkel (Alemanha).

Além disso, a reportagem apurou que há uma negociação entre o governo dos EUA e a embaixada do país para acertar a vinda ao Brasil do presidente Barack Obama.

De acordo com o departamento de comunicação da ONU, o secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon, foi convidado pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) para participar da abertura da Rio-2016 e deve aceitar.

Contudo, ainda não há detalhes sobre sua agenda.

Além de apoio diplomático, o governo brasileiro vai oferecer segurança aos mandatários. Porém, o Itamaraty deixa a critério dos chefes de Estado trazerem seus próprios agentes de segurança.

2016 e 2014

A cerimônia no Maracanã, que começará às 20h (de Brasília), deve atrair, portanto, número muito superior de chefes de Estado quando comparada ao evento de abertura da Copa de 2014, que aconteceu na Arena Corinthians, em São Paulo.

Independentemente dos países que as sediam, é comum que as solenidades inaugurais de Jogos Olímpicos sejam mais prestigiadas por governantes do que as de Copa do Mundo.

Dez líderes viram o jogo entre Brasil e Croácia em 12 de junho de 2014, no estádio paulistano. Estavam presentes chefes de Estado de países como Croácia, Chile, Angola e Gabão. Os EUA foram representados pelo vice-presidente, Joe Biden.

Nos Jogos de Londres-2012, cerca de cem líderes nacionais estiveram no estádio olímpico, como a chanceler alemã, Angela Merkel, o então primeiro-ministro do Japão, Yoshihiko Noda, e a presidente brasileira, Dilma Rousseff. A primeira-dama Michelle Obama representava os EUA.

Na cerimônia de encerramento dos Jogos do Rio, em 21 de agosto, também no Maracanã, algumas das principais autoridades japonesas estarão presentes.

Elas receberão a bandeira olímpica para iniciar a reta final do ciclo que culmina nos Jogos de Tóquio, em 2020.

ESPORTE E POLÍTICA

A vinda do presidente russo Vladimir Putin, 63, à cerimônia de abertura reitera sua forte ligação com o esporte.

Judoca faixa preta, o mandatário frequenta competições da modalidade –esteve presente em um dia de combate nos Jogos de Londres.

Em 2014, prestigiou o Campeonato Mundial adulto que foi realizado em Chelyabinsk.

No início deste ano, Putin também participou de um treinamento com a seleção nacional de judô, em Sochi.

As aparições não se restringem ao judô. Ele compareceu à final da Copa de 2014, quando o Brasil passou o bastão à Rússia. Naquele ano, também abriu os Jogos Olímpicos de Inverno, em Sochi.

Alternando-se entre presidente e premiê desde 1999, Putin estabeleceu a organização de eventos esportivos como plataforma política.

Além da Copa e dos Jogos de Inverno, o país também recebeu a Universíade e Mundiais de Atletismo e Esportes Aquáticos, entre outros.

A vinda de Putin ao Rio também ocorre em momento delicado do esporte russo.

Em novembro, o atletismo do país foi suspenso de todas as competições internacionais –por ora, até da Rio-2016–, devido à revelação de sistema estatal de doping.

No mês passado, a estrela do tênis Maria Sharapova comunicou seu doping pela substância meldonium. Desde então, mais casos com atletas do país vieram à tona com o medicamento.

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